domingo, 15 de novembro de 2015

O Último Sonho do meu Avô


O Último Sonho do meu Avô


Cadê a selfie do Moisés?
Confissão: me dá nos nervos cético toddynho que nunca pegou um livro de arqueologia na vida, mas gosta de rebolar de “sabichão questionador” perguntando no Facebook: “Cadê as evidências dos israelitas no Egito? A Bíblia é tudo mentira mimimimimi.”
Primeiro, a pessoa não sabe do que está falando. Tanto é que quando você mostra evidências de que os israelitas foram escravos dos egípcios, ela ignora porque quer uma inscrição do tipo “Moisés passou por aqui e arrasou nosso povo” (de preferência com uma pintura mostrando Moisés tirando uma selfie depois de passar no Mar Vermelho).
Segundo, a pessoa não sabe o que é uma evidência arqueológica e histórica. Nem imagina como os arqueólogos estruturam suas hipóteses sobre o Antigo Egito, e, provavelmente, nem sonha que grande parte do conhecimento sobre o passado (mais de 95%) está hoje perdido nas brumas do tempo. Você mostra prováveis linhas de evidência, raciocina tentando respeitar o melhor da evidência científica, mas o cético toddynho olha para você e diz: “E daí? Cadê a selfie de Moisés mimimi.”
Terceiro, ela se acha muito científica porque leu na Superinteressante entrevista com arqueólogos apoiadores do “minimalismo bíblico”, questionando a veracidade do Antigo Testamento. Ela não sabe nem que existem duas correntes na arqueologia sobre o lugar do texto bíblico na reconstrução da história (ela nem sabe o que é minimalismo). Mas e daí? Ela ainda quer a selfie de Moisés.
O ceticismo é muito bem-vindo na academia e até mesmo no debate sobre as narrativas bíblicas. Mas o cético toddynho precisa ser ignorado porque conhecimento não é competição para ver quem aparece mais.

(Bruno Ribeiro Nascimento, via Facebook)

Leia mais sobre o Êxodo e a confiabilidade da Bíblia aqui, aqui e aqui.

O Êxodo e os céticos toddynho



A verdade sobre a Morte

A verdade sobre a Morte

Mariana, Líbano, Paris... Este mundo é um barril de pólvora

Destruição em Mariana
Novembro está sendo um mês triste e trágico para o Brasil e o mundo. No dia 5, duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco se romperam e causaram uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Pelo menos sete pessoas morreram e 18 estão desparecidas. Um cidadão de Governador Valadares deu o seguinte depoimento: “Infelizmente, o Brasil ainda não sabe o que está acontecendo aqui em Minas Gerais. Os veículos de ‘desinformação’, para amenizar a tragédia, continuam omitindo fatos e números importante. São centenas de milhares de pessoas afetadas pelo fato. Toda a economia dos municípios está comprometida. As escolas suspenderam as aulas, a agricultura está comprometida porque não tem chuva, o comercio já quase parou, pois não tem água, nem para os banheiros; bares e restaurantes estão adotando material descartável para servir, mas não existem panelas descartáveis e essas precisam ser lavadas. A construção civil também foi afetada; não há água para o banho das pessoas. Hospitais e asilos, presídios e serviços essenciais estão sendo abastecidos por caminhões pipa, que precisam ir a outros municípios para se abastecer de água, o que está onerando os cofres públicos com o alto consumo de combustível - isso quando conseguem passar pelas estradas bloqueadas pela manifestação de caminhoneiros.
“O Rio Doce, um dos maiores do Brasil, está morto! As populações, desde Mariana, MG, até Linhares, ES, estão sofrendo as consequências do que talvez seja a maior tragédia ambiental, ecológica, econômica, hídrica, já ocorrida no País. E as consequências serão sentidas por muitos décadas. Somente em Governador Valadares são 260 mil pessoas afetadas. Alguém já imaginou uma cidade de 260 mil pessoas totalmente sem água? E o pior: a água está correndo no Rio Doce, mas completamente envenenada por arsênico, mercúrio e outros metais.
“Todos - eu disse todos - os peixes morreram envenenados, e já se pode sentir o ‘cheiro’ a quilômetros de distância. Esse é o quadro que o Brasil precisa conhecer.” [Clique aqui e veja como você pode ajudar as vítimas.] 
Mortes em Paris
Apenas oito dias depois, outra tragédia choca o mundo, desta vez em Paris. Uma série de atentados, possivelmente coordenados, atingiu a capital francesa nesta noite. De acordo com o Ministério do Interior, há mais de 100 mortos. Todos os ataques foram em locais de grande concentração de pessoas: bares, restaurantes, uma casa de shows e o estádio nacional Stade de France. A polícia francesa invadiu a casa de espetáculos Bataclan, onde matou três terroristas e encontrou ao menos cem mortos. No local estava acontecendo a apresentação da banda Eagles of the Death Metal.
Autoridades pediram que os cidadãos de Paris permaneçam em suas casas durante a madrugada deste sábado (14). Zonas de segurança foram instaladas e várias equipes de socorro mobilizadas. Para analistas, esses ataques terroristas podem ser retaliação de extremistas islâmicos contra os bombardeios franceses na Síria. 
Vários governantes de outros países já se manifestaram sobre o atentado. “Estamos chocados com esta nova manifestação de loucura, de violência terrorista e de ódio, a qual condenamos da forma mais radical, juntamente com o papa e todos aqueles que amam a paz”, disse Federico Lombardi, chefe da Sala de Imprensa da Santa Sé, citado pelo norte-americano Washington Post. “Rezamos pelas vítimas e pelos feridos, e por todos os franceses. Este é um ataque à paz de toda a humanidade e exige uma resposta decisiva e apoiada por todos nós.”
“Resposta decisiva...” O Vaticano já apoiou uma “guerra justa” contra o Estado Islâmico. Quando os medos (da destruição pelo aquecimento global ou da violência dos terroristas fundamentalistas) são exacerbados, decisões drásticas, ou, para usar a palavra do porta-voz do Vaticano, “decisivas” são tomadas. Daqui a poucos dias, líderes das principais nações do mundo estarão reunidos em Paris para discutir o que fazer em relação às mudanças climáticas. As reuniões serão realizadas ainda sob a sombra dos atentados que já ficaram registrados como os piores da história da França.

Também neste mês, o Líbano viveu o pior atentado depois do fim da Guerra do Líbano, há 25 anos.

O mundo é um barril de pólvora prestes a explodir. De vez em quando, um “estalo” nos lembra disso. Nos lembra da nossa impotência frente à violência. Nos lembra que não há lugar seguro neste planeta. E nos lembra que a solução virá do Alto.

Michelson Borges

Mariana, Líbano, Paris... Este mundo é um barril de pólvora