quarta-feira, 18 de novembro de 2015



Preparando-se de Maneira Prática

Preparando-se de Maneira Prática

Imagine um mundo sem religiões

Imaginando a coisa errada
“Imagine um mundo sem religião”, frase inspirada em um trecho da música do John Lennon e que se tornou um dos slogans do neoateísmo militante (e que tem aparecido bastante na minha linha do tempo e de algumas outras pessoas que conheço). A música, no entanto, também clama por um mundo sem governo, sem posses, sem ganância ou fome, onde ninguém é melhor do que ninguém e todos são iguais. Um mundo, sem dúvida, utópico e impossível de se alcançar, a não ser que se esteja falando do cemitério, pois no cemitério acaba-se tudo, ninguém é melhor, nem pior, todos são iguais e não precisam se preocupar com o governo.

Usar essa música como slogan para o neoateísmo é utópico e contraditório, pois usam a frase “imagine um mundo sem religião” para afirmar que o mundo seria melhor sem ela. É ridículo! A religião é algo intrínseco ao ser humano e demonstrou diversas vezes seu valor. Foi ela que motivou a Igreja Católica a criar as universidades na Idade Média. Foi o que levou os protestantes a criar as escolas e os hospitais públicos. A alfabetizar as massas. Até mesmo o método científico foi criado por cristãos por motivações religiosas, pois queriam descobrir na natureza a revelação de Deus, como foi escrito por Paulo: “Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas...” (Rm 1:20). A religião também motivou homens como Mahatma Gandhi e Martin Luther King a buscar liberdade, paz e igualdade.

Mas agora vamos fazer algumas comparações singelas. Só a título de exemplo, gostaria de citar a Inquisição. Na Inquisição Espanhola, num intervalo de 400 anos, morreram duas mil pessoas. Na Inquisição Espanhola foram celebradas, entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram apenas 1,8% (804) [1]. Na "inquisição" contra as bruxas de Salém, morreram 20 [2]. Então soma-se umas 824 pessoas, num espaço de centenas de anos. Muita coisa, realmente. Mas e quanto a regimes ateus? Quantos morreram e em quanto tempo? Pol Pot, ditador ateu do Camboja, em apenas quatro anos, eliminou cerca de 2 milhões de pessoas atravez do Khmer Vermelho [3]. Mao Tse-Tung matou cerca 70 milhões [1]. Stálin, 25 milhões [1]. Se de fato unirmos todos esses ditadores (Mao, Pol Pot, Lênin, Stalin, etc.), chegaremos a uma marca de mais de 100 milhões de corpos num espaço de poucas décadas [4]; bem mais do que a inquisição jamais sonhou em fazer, ou que Bin Laden em seus pensamentos mais loucos tenha imaginado.

Quer “imaginar um mundo sem religião”? Que tal imaginar um mundo sem o ateísmo estatal que foi a causa de mais mortes do que qualquer guerra religiosa já causou?

“Ah, mas eles não fizeram isso em nome do ateísmo.” Sério?! Apenas estude um pouco sobre a ideologia desses homens: “A religião é o ópio do povo.” O ateísmo é intrínseco a toda ideologia marxista. O argumento de Marx era de que o governo deveria se livrar da religião para poder estabelecer o “novo homem” e a “nova utopia”, libertos da religião tradicional e da moralidade tradicional. Agora uma perguntinha: “Qual o meio mais fácil de se livrar da religião?” Claro que as massas não irão abandonar suas religiões por causa de um mero pedido do governo, ou por campanhas antirreligião passando na TV, no rádio, etc. Levaria incontáveis séculos até que isso pudesse acontecer, e o mais provável é que não acontecesse. Então, para esses ditadores, a melhor forma era proibir de vez a religião, caçando os religiosos, prendendo-os, torturando-os, e muitas e muitas vezes matando-os. Os ditadores ateus não mataram em nome do ateísmo?! Que tal dizer isso aos norte-coreanos ou aos chineses?

Se quer mesmo eliminar o maior motivo de guerras e massacres que o mundo já viu, então, ao invés de se eliminar a religião, deveria ser eliminada a ideologia marxista ateia.

Você quer “imaginar um mundo sem religião”? Então imagine um mundo sem hospitais, sem a cruz vermelha, sem os médicos sem fronteiras, sem escolas públicas, sem universidades públicas, sem a descoberta do método científico e muito mais. Bem, talvez os ateus pudessem, com o tempo, ter inventado e descoberto tais coisas, mas quanto tempo iria demorar? A religião chegou primeiro nisso tudo. Grandes pais da ciência eram religiosos, como Newton, Mendel, Pascal, Pasteur, Boyle, Hales, Edson e vários outros.

Nietzsche, certa vez, disse que, se nos livrarmos de Deus, teremos que nos livrar das sombras de Deus. Em outras palavras, as ideias que o judaísmo e o cristianismo, por exemplo, trouxeram ao mundo também começarão a ser corroídas.

“Ok, mas e que tal as Cruzadas?” As Cruzadas não chegaram nem perto de matar tantas pessoas num intervalo de quase 200 anos quanto esses regimes ateus mataram em poucas décadas. Ademais, as Cruzadas tiveram motivações religiosas? Sim, tiveram, mas qualquer historiador sério, ou até mesmo qualquer leitor de bons livros (até mesmo didáticos) saberá que as motivações religiosas influenciaram, sobretudo, a primeira Cruzada. Todas as que vieram após aquela foram motivadas, principalmente, por aquisição de novas terras e ampliação do comércio. E os mais interessados nessas novas cruzadas não foram o papa ou os cardeais e demais religiosos da época, mas, sim, os próprios proprietários de terras, ou até mesmo os “sem-terra” da época, os comerciantes e aventureiros em busca de fama e reconhecimento.

Por sorte (ou por azar) não precisamos “imaginar um mundo sem religião”, podemos apenas olhar para países em que o ateísmo era uma bandeira e ver que as atrocidades cometidas neles foram muito piores do que as ocorridas na França!

Dostoievsky disse há muito tempo: “Se Deus não existe, tudo é permitido.” A noção de Dostoievsky é que quando nos livrarmos da transcendência, quando criamos um mundo sem religião, nós autorizamos terríveis calamidades provocadas pelo próprio ser humano. O problema do mal não será eliminado apenas eliminando-se a religião (nem também o ateísmo), pois o mal é algo que acompanha o ser humano. Com ou sem religião, as pessoas são capazes de atrocidades inimagináveis. E creio que só em Cristo é que esse quadro pode mudar.

Não quero justificar os males ocorridos em nome de alguma religião, mas quero denunciar as lágrimas de crocodilo e a hipocrisia de muitos.

Minha oração talvez não traga de volta as vidas perdidas de tantos franceses que sofreram o atentado recentemente, mas minhas orações nem ao menos são direcionadas a isso, mas, sim, às famílias que se veem em estado de choque, desespero e desamparo, para que saibam que há um Deus em quem podem depositar todo seu fardo e alcançar alívio e descanso.

(Gabriel Stevenson, via Facebook)

Referências:
1. Reinaldo Azevedo. “E os milhões de mortos pela Santa Inquisição?” Revista Veja, 2012. Disponível em: <http://goo.gl/5SMqGx>
2. “O Julgamento das Bruxas de Salém.” Disponível em: <http://goo.gl/1QVidf>
3. “Há 40 anos o Khmer Vermelho iniciava seu regime de terror no Camboja.” Terra, 2015. Disponível em: <http://goo.gl/Uh4iUZ>
4. Site estima que comunismo matou mais de 100 milhões no mundo. Terra, 2009. Disponível em: <http://goo.gl/Yrb1co>

Imagine um mundo sem religiões

Eles querem ampliar a vigilância a cidadãos comuns

Liberdade vigiada
O clima de consternação desencadeado pelos atentados em Paris e a urgência pela busca de medidas mais efetivas contra os terroristas trouxeram de volta à pauta das 20 maiores economias do mundo um tema polêmico para muitos países. Nos bastidores da cúpula do G-20, em Antália, na Turquia, já há quem defenda um acesso ainda maior a dados de comunicações do cidadão comum – agenda que agrada a americanos e britânicos. Os defensores da iniciativa pregam que essas podem ser as ferramentas necessárias para dar celeridade às investigações sobre os indivíduos radicalizados por trás de novos planos de atentados. Mesmo antes da carnificina na capital francesa, na última sexta-feira, os EUA vinham pressionando os outros negociadores do G-20 a adotarem formas de controle que permitam chegar mais depressa a hackers que tenham atacado empresas americanas.

No Reino Unido, o Partido Conservador se empenha em aprovar legislação para consolidar o emaranhado de regras que pautam a atuação dos serviços de Inteligência e da polícia nas atividades de monitoramento de comunicações. O governo britânico promete limites mais bem estabelecidos; os críticos acham que os poderes propostos são excessivos e atentariam contra o direito à privacidade.

Dentro do Reino Unido e, aparentemente, fora, como indicam as conversas em Antália, os atentados certamente darão força aos propósitos do governo britânico, que ainda podem encontrar novos adeptos. O movimento, porém, não agrada ao governo brasileiro.

“Há uma clássica discussão sobre a segurança e a privacidade que você tem em informação. É preciso buscar um equilíbrio. Realmente, precisamos de um grande esforço. Temos de usar todas as ferramentas possíveis”, disse o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría.

Eles querem ampliar a vigilância a cidadãos comuns