terça-feira, 12 de abril de 2016


Mentiras que convergem
Num de seus livros mais conhecidos, O Grande Conflito, a famosa escritora norte-americana Ellen White escreveu: “Por meio dos dois grandes erros – a imortalidade da alma e a santidade do domingo – Satanás vai enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma” (p. 588). No século 19, quando o espiritismo moderno apenas ensaiava seus primeiros passos e havia um verdadeiro abismo entre protestantes e católicos, essas palavras da autora devem ter soado muito estranhas e até absurdas. Como assim “o espiritismo vai ganhar o mundo”? Como assim será criado um “laço de simpatia” com a igreja romana? No tempo em que vivemos, essa predição já é história. Os dois grandes erros, de fato, conquistaram o planeta.

Neste exato momento, várias entidades e inúmeras pessoas estão estudando uma encíclica papal intitulada Laudato Si, que traz sugestões de como evitar a destruição da Terra pelo aquecimento global. Um dos capítulos do documento apresenta o descanso dominical como proposta para combater o aquecimento e, mais, para unir as famílias. Evidentemente que a ideia é simpática e agrada a todos, crentes e descrentes. Só que o domingo é apresentado ali como o dia do Senhor, o dia da nova criação, em oposição à Bíblia, que apresenta de capa a capa o sábado como dia sagrado. Faz diferença um dia ou outro? Sim, faz, se você levar a sério a vontade de Deus, que estabeleceu o sábado como memorial da criação, tendo Ele mesmo “descansado” no sétimo dia, não no primeiro (Gn 2:1-3). Sim, faz, se você levar em conta que o Criador escreveu com o próprio dedo em tábuas de pedra o mandamento que ordena repousarmos no sétimo dia, não no primeiro (Êx 20:8-11). Sim, faz, se você levar em conta que Jesus, quando esteve na Terra, também guardou o sábado (Lc 4:16) e que Sua mãe e Seus discípulos igualmente fizeram isso (Lc 23:55, 56), mesmo depois de Sua morte, ressurreição e ascensão. Sim, faz, se você levar em conta que, mesmo na eternidade, o sábado continuará sendo o dia de repouso aqui na Terra (Is 66:22, 23).

Quanto ao segundo grande erro, a crença na imortalidade da alma humana, esse está disseminado em praticamente todas as religiões e até mesmo entre aqueles que não professam necessariamente o cristianismo. A Bíblia é clara em ensinar que o ser humano não tem uma alma imortal, ele é uma alma mortal (Gn 2:7). Alma, na Bíblia, é a união do pó da terra com o fôlego da vida que Deus dá. Morto, o ser humano permanece em estado de inconsciência ­– na verdade, ele nem existe mais – até a ressurreição por ocasião da volta de Jesus, caso tenha aceitado a salvação oferecida por Cristo ou vivido de acordo com a luz que possuía. Simples assim. Morte é igual a sono (Jo 11:11) e mortos não participam do mundo dos vivos (Ec 9:5, 6).

Ocorre que filosofias pagãs espiritualistas gestadas há muito tempo foram incorporadas ao cristianismo, numa jogada de mestre diabólica. Assim, a igreja que já ensinava que o dia do Sol (sunday) pagão era o novo dia do Senhor, passou a ensinar que os mortos continuam vivendo como almas no Céu ou no inferno, e que poderiam, dependendo do caso, até interceder pelos vivos.

Católicos, protestantes, evangélicos e espíritas, com uma ou outra diferença, advogam essas ideias. Mas o que dizer dos ateus, agnósticos e céticos? Esses, em sua grande maioria, já aceitam a proposta do descanso dominical, porque ela, aparentemente, é boa para todos. E a crença na alma imortal? Conheço muitos ateus que, embora obviamente não creiam na existência de Deus, acreditam que existam raças extraterrestres inteligentes por aí, Universo afora. Entre os famosos que creram e creem nisso estão o astrônomo Carl Sagan e o físico Stephen Hawking, entre outros. Imagine se um dia “extraterrestres” aparecerem por aqui dizendo ter revelações “teológicas” a fazer... Imagine que eles apontem para um líder mundial e para uma forma de salvar a Terra que esse líder propõe... Como ficaria a cabeça desses ateus? Aliás, você sabia que já faz algum tempo que astrônomos do Vaticano andam procurando o “irmão extraterrestre”

O padre jesuíta e astrônomo argentino José Gabriel Funes é o diretor do Observatório do Vaticano. Ele diz que não há conflito entre acreditar em Deus e na possibilidade de haver civilizações extraterrestres, talvez mais evoluídas do que os humanos. “Em minha opinião, essa possibilidade existe”, disse o padre, que também foi conselheiro científico do papa Bento 16.

Funes admitiu que gostaria de batizar um alienígena na fé católica. Mas o que poderia acontecer é o contrário, já que alguns teólogos têm dito o seguinte: “Talvez tudo o que pensamos que sabemos sobre o Evangelho tenha que ser jogado fora.” Outro destacado astrônomo do Vaticano, Guy Consolmagno, sugeriu publicamente que os alienígenas poderiam realmente ser os “salvadores da humanidade”.

Note como se fundem aí ideias evolucionistas – já que os extraterrestres poderiam ser seres mais evoluídos do que nós – e um tanto perigosas, como a de que essas criaturas poderiam chegar aqui e nos ensinar um novo evangelho (no livro O Grande Conflito, Ellen White diz que o último engano de Satanás será personificar Jesus e afirmar, entre outras coisas, que mudou o dia de guarda do sábado para o domingo). Seria realmente uma união de esforços bem conveniente entre a besta e os “extraterrestres” que nada mais são do que anjos caídos.

Recentemente, a revista UFO trouxe a seguinte chamada de capa: “Abdução da alma” (capa acima). E afirma que há extraterrestres mais interessados na tal alma humana do que em seu corpo ou em seu DNA. E aí você vê os dois grandes erros convergindo por todos os lados!

O falecido pastor George Vandeman, fundador do programa de TV Está Escrito, já dizia que os OVNIs são os “brinquedos de um anjo caído”, e o ex-satanista convertido ao adventismo Roger Morneau também revelou as artimanhas por trás da ufologia (confira neste vídeo). Seriam essas constantes “aparições” uma preparação para a aceitação do engano final? Um evento dessa natureza (a chegada dos “extraterrestres”) seria tão espetacular que inebriaria todas as pessoas do mundo – crentes e ateus, judeus e muçulmanos, secularistas e espiritualistas - ainda mais se todos forem motivados a crer em outro engano sobre um falso anticristo... Quem estará solidamente firmado nas Escrituras para suportar a prova? Ou alguém pensou que os últimos dias seriam fáceis?

Michelson Borges

Os dois grandes erros envolvem o mundo


Complexidade desde sempre
Durante milhões de anos, os seres vivos que habitaram a Terra não possuíam ânus – o buraco de entrada de alimentos e da saída dos dejetos era o mesmo. Há 540 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], o “forévis” apareceu e fez com que inúmeros seres pudessem se desenvolver a partir disso: de minhocas a cachorros, de galinhas a nós, seres humanos. Mas por que é tão importante estudar a origem do orifício anal? Alguns animais, hoje em dia, permanecem tendo apenas um buraquinho para fazer tudo. É o caso das anêmonas ou das esponjas-do-mar, por exemplo. Elas precisam primeiro digerir o que comeram, depois defecar e só então podem se alimentar de novo – algo que mudou com o surgimento do ânus. Ao menos era nessa a teoria em que os evolucionistas sempre acreditaram. Acontece que uma espécie de ctenóforo está derrubando essa visão. A geleia-do-mar é um bichinho pra lá de fofinho que, por sinal, também não possui um orifício anal para chamar de seu... Ou melhor, talvez possua, mas a gente não sabia até agora.

Para começo de conversa, é importante saber que as geleias-do-mar são animais bastante translúcidos. Uma nova técnica de filmagem conseguiu tirar proveito dessa característica, transformando o alimento desses animais em partículas iridescentes, ou seja, capazes de emitir uma luminosidade que permite acompanhar a comida dentro do corpo das geleias-do-mar.

Qual não foi a surpresa dos cientistas quando vídeos mais recentes mostraram algumas partículas desses alimentos saindo do corpo das geleias-do-mar através de poros que parecem funcionar como um esfíncter! Ou seja: por mais que elas expilam os dejetos pela boca, elas também possuem uma espécie de ânus. Agora os cientistas querem entender como isso se encaixa na evolução das espécies, visto que esses animais podem ser o ancestral mais antigo de todos os outros animais do planeta.


Nota: A descoberta de complexidades não esperadas em seres tão “primitivos”, que estariam na base da suposta árvore evolutiva, tem dado muita dor de cabeça nos evolucionistas, afinal, bem lá no comecinho da suposta história evolutiva não deveria haver seres tão complexos. Mas ocorre que a complexidade está presente do topo à base da coluna geológica (os trilobitas e as águas-vivas que o digam), e isso conta outrahistória. [MB]

Ânus de geleias-do-mar pode alterar teoria da evolução



Série de Estudos Bíblicos “À Luz do Amor de Deus”, com Hander Heim (diretor do Fatos Incríveis Brasil).
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.
Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar.
Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.
O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.” Apocalipse 20:6-10

A Verdade sobre o Inferno


Conforme matéria publicada no site católico Aleteia, os papas Bento 16 e Francisco recomendaram a leitura de um livro publicado em 1907, de autoria de Robert Hugh Benson. Segundo o site, trata-se de uma espécie de novela apocalíptica sombria, que pouca atenção recebeu desde sua publicação. Mas isso está mudando, já que o papa Francisco recomendou a leitura desse livro em 2013 e voltou a indicá-lo no ano passado. Francisco resumiu o livro, que no original tem como título Lord of the World, dizendo que ele apresenta uma “globalização da uniformidade hegemônica”. Aleteia lembra que o então cardeal Joseph Ratzinger, depois papa Bento 16, também tinha chamado a atenção, durante um discurso em Milão em 1992, para o universalismo descrito em O Senhor do Mundo.

“O mundo descrito por Benson é estranhamente semelhante ao nosso: sistemas de locomoção e de comunicação rápidos, armas de destruição em massa e uma visão materialista que nega o sobrenatural e cultiva a pretensão de elevar a humanidade ao mais alto nível. De alguma forma, O Senhor do Mundo é mais atual hoje do que quando Benson o escreveu, no início do século 20”, descreve a matéria.

Mas o trecho que mais me chama a atenção no texto do site é este: “A história do livro é da ascensão do anticristo ao poder mundial, primeiro na pessoa do enigmático Julian Felsenburgh, um misterioso senador norte-americano que assume importância mundial ao negociar uma paz global longamente desejada. Toda oposição a Felsenburgh e à ordem mundial que ele guia desaparece: as nações pedem que Felsenburgh seja o seu líder; ele recebe aclamações em massa. Os únicos que se mantêm na oposição são poucos membros da paróquia guiada pelo padre Percy Franklin, que acaba sendo eleito papa Silvestre III e que parece muito semelhante a Felsenburgh.”

A ideia do livro é a de que um mundo que nega o sobrenatural não deixa de ser influenciado por forças sobrenaturais, mas se torna cego a essas influências, perdendo a capacidade de reconhecer “o espírito do anticristo presente no mundo”.

“Um mundo que não consegue reconhecer o sobrenatural, um mundo que tenta elevar a humanidade ao mais alto nível sem Deus é um mundo em que o anticristo pode entrar e agir com mais facilidade”, diz também o texto. No fim, Felsenburgh e o papa Silvestre se encontram numa batalha cataclísmica entre o bem e o mal.

E se o “espírito do anticristo” não estiver presente no “mundo”? Se não se tratar de secularismo, mas, sim, de carisma religioso? E se o anticristo, diferentemente do que apresenta o livro de Benson, não se tratar de uma figura unicamente política, mas for um personagem carismático, religioso, aparentemente tolerante, insuspeito e capaz de unir o mundo com muito mais eficácia do que o fictício Felsenburgh?

A Bíblia é muito clara em descrever o anticristo e apresentar suas características, e ele não tem nada de secular: (1) ele apresenta um “evangelho diferente” (2Co 11:4, 13-15), ou seja, prega dogmas em lugar de doutrinas bíblicas; ensina conceitos pagãos em lugar das verdades do Evangelho; (2) opõe-se a Cristo (por isso “anticristo”), mas quer, na verdade, usurpar o lugar de Cristo, aceitando adoração, assumindo prerrogativas divinas como o poder de perdoar pecados; querendo, inclusive, sentar-se no santuário de Deus (2Ts 2:3, 4). Resumindo, para ser anticristo, essa figura tem que ser contra Cristo, mas se parecer com Ele. E, para ser assim, essa figura obrigatoriamente tem que ser religiosa.

Apontar para o secularismo e para uma enigmática figura política ateia é desviar o foco da verdadeira questão. É, na verdade, uma atitude muito conveniente e até esperada. A semelhança com obras evangélicas como Deixados Para Trás também é evidente, numa valorização da interpretação futurista das profecias apocalípticas, em oposição à visão historicista segundo a qual o anticristo se trata de uma instituição e já age neste planeta há algum tempo.  

Sim, é fácil para o diabo agir num mundo que não acredita que ele exista, assim como é fácil para o anticristo agir quando ninguém suspeita de quem ele seja.

Finalmente, um detalhe mais precisa ser destacado: o autor do livro, Robert Hugh Benson, foi um clérigo anglicano que se converteu em sacerdote católico. Portanto, mais um motivo para os papas gostarem dele.

Michelson Borges



Papas Bento e Francisco recomendam livro sobre anticristo