quarta-feira, 18 de janeiro de 2017


União das igrejas e a profecia


Casamento e sábado: instituições sob ataque


Igrejas celebram Dia de Darwin


Os 144 Mil Selados


TOTALMENTE CONFESSADO


Maçonaria e Illuminati


A Grande Estratégia


De vida dupla a Pastor Adventista


Televisão: Um Inimigo em Potencial


Investigação Astronômica


Do nada poderia vir alguma coisa?
1. O universo não deveria existir

De acordo com alguns estudos, o universo não deveria ter sobrevivido mais do que um segundo. Por exemplo, o Big Bang deveria ter produzido quantidades iguais de matéria e antimatéria, cancelando-se mutuamente. Em vez disso, um pouco mais de matéria foi produzida, criando todo o universo observável. Nós, definitivamente, não podemos explicar por que isso aconteceu. Em outra teoria, o universo está no campo de Higgs, que dá às partículas suas massas. Um grande campo de energia impede que nosso universo caia no “vale”, um campo mais profundo, onde não poderia existir. No entanto, se o modelo padrão da física está correto, uma rápida expansão do universo imediatamente após o Big Bang deveria ter movido o universo para o vale. Isso o teria destruído antes que ele tivesse um segundo de idade.

A impossibilidade da vida na Terra também é absurdamente alta. Galáxias não poderiam existir sem a mistura certa de matéria, matéria escura e energia escura e, mesmo assim, existem. A Terra teria que ter a distância exata do sol que tem para abrigar vida. Se fosse um planeta do tamanho de Júpiter, a Terra atrairia mais asteroides e cometas, ou teria uma superfície muito violenta para sustentar a vida.
Será que a vida realmente superou “sozinha” todas essas probabilidades, ou o universo teve alguma ajuda, de alguma forma?

2. A semente da vida?

Segundo a teoria da panspermia, de Francis Crick, a vida se originou em outro lugar e foi enviada à Terra por seres avançados. Uma teoria anterior da panspermia sugeria que a vida chegou aqui em um asteroide ou um cometa. Em julho de 2013, o astrobiologista Milton Wainwright afirmou que encontrou uma verdadeira “semente da vida”. Depois de lançar um balão meteorológico sobre a Inglaterra, ele capturou uma bola metálica da largura de um fio de cabelo. Dentro de sua concha de titânio e vanádio, a bola continha um líquido biológico pegajoso. Muitos cientistas são céticos a respeito dessa reivindicação.

3. Busca alienígena biológica

Os seres humanos são constituídos por cerca de 22.000 genes, o que é 3% do genoma humano. Os outros 97% são “sobras de DNA”, que poderiam conter uma mensagem codificada ou um sinal de que a vida se originou em outro lugar ou foi criada por um ser superior. Em 2013, dois pesquisadores do Cazaquistão alegaram ter encontrado uma sequência ordenada de uma linguagem simbólica em nossas sobras de DNA que não teria acontecido naturalmente. No entanto, muitos criticaram essa busca por sinais biológicos. Alternativamente, o geneticista Francis Collins argumentou em seu livro A Linguagem de Deus que o DNA seria o “alfabeto de Deus”, o que faria de nós o livro da vida.

4. Raios cósmicos

Em 2003, o filósofo Nick Bostrom postulou que o universo é uma simulação de computador, uma teoria aceita por Elon Musk e Neil de Grasse Tyson. Se isso for verdade, um ser superior – ou seres – teve que construir a simulação. O Universo seria também finito, porque todos os computadores têm limites. Alguns pesquisadores acreditam que poderíamos detectar essa simulação de computador se pudermos encontrar os limites do universo. Para testar isso, pesquisadores alemães construíram simuladores em rede em um computador quântico. Eles se concentraram em raios cósmicos, que são fragmentos de átomos que vêm de fora do sistema solar. Os raios cósmicos têm uma quantidade finita de energia e deterioram ao longo do tempo. Quando chegam à Terra, todos eles têm quantidades semelhantes de energia, que é um máximo de 10 elétron-volts. Isso sugere que todos os raios cósmicos têm pontos de partida semelhantes, como a borda da rede de simulação de um computador quântico.

5. A propagação da vida

Em 2015, um estudo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica sugeriu que a vida poderia ter se espalhado via panspermia, se movendo de estrela em estrela em aglomerações e “sobrepondo-se como bolhas em uma panela de água fervente”. Essa simulação também sugere que a vida poderia ter se espalhado como uma epidemia. Os cientistas testaram duas possibilidades para trazer vida para a Terra: por asteroides e por seres inteligentes. O resultado foi que ambas eram possíveis e teriam seguido o mesmo padrão. Se estiver correto, esse estudo também indica que existe vida em outras partes da galáxia.

6. Constantes físicas

De acordo com o físico teórico John D. Barrow, podemos dizer se o universo é uma simulação procurando por erros ou falhas nele. Barrow acredita que até mesmo civilizações avançadas não teriam conhecimento completo das leis da natureza. Haveria falhas notáveis na Matrix, tais como alterações nas constantes físicas. Essas são propriedades físicas, como a velocidade da luz, que são as mesmas em todos os lugares ao longo do tempo.

Em 2001, pesquisadores australianos encontraram evidências de que a velocidade da luz tem diminuído ao longo dos últimos bilhões de anos, mesmo que isso contradiga a relatividade geral. O astrônomo John Webb descobriu que a luz de um quasar tinha absorvido o tipo errado de fótons em sua jornada de 12 bilhões de anos até a Terra. Isso só pode acontecer se houve uma mudança na velocidade da luz ou na carga de um elétron, ambas constantes físicas. Pesquisadores mais céticos discordam dessa teoria. Independentemente disso, ninguém tem certeza por que as constantes físicas são constantes. Mas elas são fundamentais para a existência do nosso universo. Alguns cientistas especulam que as constantes físicas são evidências de que o Universo foi “afinado” para que a vida existisse.

7. A Prova Ontológica de Godel

Na década de 1940, o físico Kurt Godel tentou provar a existência de Deus. Ela é baseada neste argumento do Santo Anselmo de Canterbury:

Há um grande ser chamado de Deus, e nada maior que Deus pode ser imaginado.
Deus existe como uma ideia na mente.
Com todas as outras coisas sendo iguais, um ser que existe tanto na mente quanto na realidade é melhor do que um ser que só existe na mente.
Portanto, se Deus só existe na mente, então é possível que podemos imaginar um ser mais poderoso do que Deus.
No entanto, isso contradiz a argumentação número 1, porque nada maior do que Deus pode ser imaginado.
Portanto, Deus existe.

Usando a lógica modal e universos paralelos, Godel argumentou que um ser todo-poderoso existe, se ele existe em pelo menos um universo paralelo. Como há um número infinito de universos com um número infinito de possibilidades, um universo tem um ser tão poderoso que seria considerado um Deus onipotente. Portanto, Deus existe.

Em 2013, dois matemáticos realizaram equações de Godel em um MacBook e descobriram que elas estavam corretas. No entanto, o teorema não prova que Deus existe – prova simplesmente que é possível que um ser todo-poderoso poderia existir de acordo com a lógica.

8. A realidade não existe a menos que estejamos olhando para ela

Um videogame se desenvolve quando você está olhando para uma área particular. Caso contrário, ele não existe. A realidade é semelhante, porque só existem certos aspectos se estamos olhando para eles. Esse misterioso fenômeno é baseado na mecânica quântica. Objetos subatômicos são geralmente ondas ou objetos sólidos de partículas semelhantes. Raramente, eles podem ser ambos. Alguns exemplos incluem luz e objetos que têm uma massa semelhante à de elétrons.

Quando não estão sendo observados, esses objetos ficam em um estado duplo. Mas quando eles são medidos, eles “decidem” tornar-se uma onda ou um objeto sólido. Estes fundamentos da nossa realidade permanecem latentes até que olhamos para eles, o que não é muito diferente do mundo simulado em um videogame.

9. Princípio holográfico

Em 1997, o físico teórico Juan Maldacena propôs que o nosso universo é um holograma bidimensional completamente plano que percebemos em três dimensões. Cordas minúsculas chamadas grávitons vibrariam para criar este universo holográfico. Se estiver correta, essa teoria ajudaria a resolver algumas diferenças entre a mecânica quântica e a teoria da gravidade de Einstein.

Alguns estudos mostram que um universo 2D é possível. Pesquisadores japoneses calcularam a energia interna de um buraco negro, a posição do horizonte de eventos e outras propriedades em um mundo 3D e, em seguida, calcularam as mesmas coisas em um mundo 2D sem gravidade. Os cálculos bateram. Outro modelo mostrou que o universo é 2D se o espaço-tempo for plano.

Os pesquisadores do Fermilab, nos EUA, estão usando um laser gigante para procurar “ruído holográfico”, que é uma evidência de “buffering” no cosmos. Se um universo holográfico 3D foi construído sobre um sistema 2D de linhas em movimento (como linhas de código), isso indica fortemente que o universo é uma simulação.

10. Codificação no cosmos

De acordo com o físico teórico Sylvester James Gates, evidências convincentes sugerem que estamos vivendo em uma simulação. Enquanto trabalhava em equações de supercordas com adinkras (símbolos usados na álgebra super simétrica), Gates encontrou codificação criada pelo matemático Richard Hamming chamada “códigos de bloco duplamente equilibrados auto-dual lineares binários de correção de erros”. Gates questionou se esta codificação básica é de alguma forma responsável por controlar o universo.

No vídeo acima (em inglês), Gates diz que “[uma] conexão insuspeita sugere que estes códigos podem ser onipresentes na natureza e até mesmo incorporados na essência da realidade. Se isso é verdade, poderíamos ter algo em comum com os filmes de ficção científica Matrix, que retratam um mundo onde a experiência de cada ser humano é o produto de uma rede de computadores geradores de realidade virtual”.


Nota: Embora eu não concorde com todos os argumentos apresentados no texto acima, já é um bom começo o site Hypescience tê-lo publicado em sua página carregada de ceticismo e evolucionismo materialista. A meu pedido, o amigo astrofísico Eduardo Lütz escreveu alguns comentários sobre algumas das tais evidências:

3. A Mecânica Quântica não diz que “a realidade não existe a menos que estejamos olhando para ela”. Apenas mostra de que forma observações afetam o que for observado.

4. A conclusão não está correta. O teorema não prova apenas a possibilidade da existência de uma entidade superior, mas garante que essa entidade é máxima, necessariamente existe e que há um critério para identificar as características e a unicidade dessa entidade.

7. Raios cósmicos com um máximo 10 eV. Não é bem assim. Confira aqui.

8. DNA lixo. Veja aqui e aqui.

10. O Universo deveria ter surgido com porções iguais de matéria e antimatéria. Não se a criação do universo e a criação do tempo clássico são a mesma coisa (e o são no cenário do Big Bang). Porções de matéria e antimatéria iguais são criadas quando excitamos o vácuo e estão em vigor as leis de conservação que conhecemos hoje. Pode-se usar o teorema de Nöther para mostrar que essas leis decorrem de simetrias do Universo. Essas simetrias dependem da existência do espaço-tempo e representam uniformidade nele. Não fazem sentido no momento da criação do espaço-tempo. O próprio fato de que as quantidades de matéria e de antimatéria no universo não são iguais é uma evidência de que o momento inicial do Big Bang teria sido a criação do espaço-tempo.

Dez evidências de que Deus existe


Luana expressa gratidão no Instagram
Gisele Bündchen aparece fazendo ioga no Arizona e escreve #gratidão. Gabriel Medina se prepara para uma competição e repete a legenda. Luana Piovani toma sol na praia e também agradece. Alex Atala posta um santuário no Japão e coloca o emoticon (símbolo) das mãozinhas unidas. Estes são só alguns dos 430 mil posts do Instagram (#grateful, a versão em inglês, passa dos 4 milhões) marcados com uma das hashtags mais populares da vez. É um tal de agradecer por conquistas, amizades, família, viagens, paisagens e comidas que a palavra, tradicionalmente restrita a discursos religiosos, ganhou novo fôlego. Desta vez, mais pop. Há variações do mesmo tema. Há quem agora poste apenas as mãozinhas. Outros escrevem: #gratidãoeterna, #gratidãoaouniverso, #gratidãotododia e por aí vai.

No lançamento do seu livro A moda imita a vida, o publicitário André Carvalhal, que é usuário do termo no Instagram, chegou a fazer um carimbo com a palavra gratidão para estampar as dedicatórias. Tudo começou há cerca de um ano, quando resolveu fazer cursos de autoconhecimento. Assistiu a aulas na Casa Sou.l, participou de palestras da Arte de Viver e conheceu a comunidade alternativa Piracanga, no sul da Bahia.

“Me conectei com tribos que tinham linguagens próprias. E ‘gratidão’ foi o que mais me emocionou. Era sempre usada pelas pessoas mais conectadas energeticamente. Para mim, tem um sentido mais forte do que o obrigado”, conta ele, que viu o termo passar de exclusivo de certos grupos para virar um meme na rede social.

Anna Azambuja, diretora de comunicação da Sociedade Budista do Brasil, concorda que a palavra “obrigado” pode denotar algo como obrigação. “Gratidão se aproxima mais do sentido que ‘obrigado’ tem”, diz Anna. “No budismo, gratidão é considerada uma qualidade saudável a ser cultivada na mente, bem como amizade amorosa, mudita (contrário da inveja) e compaixão”, explica

O acadêmico Domício Proença ressalta que gratidão significa reconhecimento por algum benefício. De modo geral, costuma-se expressar gratidão a alguém que nos prestou um serviço, nos fez um favor ou nos trouxe ajuda. O curioso, ele observa, é que nas redes sociais a palavra não é destinada a alguém específico. “Nesse espaço da rede social, a palavra continua com a significação básica: ser grato. A novidade é a forma de passar a mensagem, que agora se centraliza no reconhecimento pelo benefício e ilustra, com as imagens, a razão dele. Amplia-se o seu uso para além dos arranjos usuais da língua. Em síntese: novos tempos, novas tecnologias, novas linguagens, novas propostas de comunicação”, comenta Domício.

Hashtags como estas surgem para marcar um hábito cotidiano e criar um discurso coletivo e colaborativo, segundo Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Pesquisa sobre Imagem e Cibercultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo. O especialista em redes sociais notou que #gratidão muitas vezes acompanha termos como felicidade, amor, viagem, vida e família.

“Entre os significados que essa tag carrega está o de que a vida vale a pena. As pessoas celebram muito o próprio corpo, a relação com a natureza, as paisagens, etc. A hashtag vira uma espécie de bordão do bem”, observa Malini. “Há quem veja essas postagens a partir de um ângulo exibicionista, mas, nesse caso, acho que é um movimento psíquico interessante: o exercício dos usuários para construir uma narrativa sobre si mesmos que seja atraente para os outros e que faça também com que eles se admirem.”

A psicanalista Monica Donetto Guedes acredita que o termo vem sendo usado como um contraponto à culpa pela exposição excessiva. “Existe um viés de usar a palavra como uma desculpa para se expor de forma menos arrogante. É uma maneira de mostrar que você está bem sem passar uma imagem vaidosa, como se a palavra tivesse o poder de minimizar a culpa, reparar aquela exposição ou até ser uma proteção contra o olhar crítico. Brincando com as possibilidades do Instagram, a gratidão é como um filtro de proteção psíquica ao ataque do outro”, comenta ela, que cita o livro “Inveja e gratidão”, de Melanie Klein, como uma boa fonte para entender o comportamento contemporâneo.

Carvalhal acredita que a legenda foi banalizada: “Virou quase piada para certas pessoas. Tem quem tenha adotado genuinamente, mas tem muito de modismo. Para alguns será passageiro, para outros, como eu, entrou para a vida.”

Carolina Bergier, empreendedora social e co-fundadora da Casa Sou.l, concorda que a popularidade da hashtag pode ter diluído o verdadeiro sentido da palavra gratidão. “Eu acho engraçado a palavra ‘obrigada’ ter virado ‘gratidão’, que tem uma conotação sagrada. As pessoas se conectam com a palavra, mas podem ainda não se conectar com a sensação. Ao mesmo tempo acho válido a palavra ter se espalhado, já que isso pode fazer com que pessoas busquem realmente uma espiritualidade. Talvez elas não sintam a gratidão, mas querer mostrar ao outro que desejam senti-la já é um caminho, um primeiro passo. Acho que o mundo está tão louco que o inconsciente coletivo está pedindo gratidão”, afirma Carolina, que não usa gratidão ou obrigada e sim um “te agradeço”. “Acho mais suave.”


Nota: Conforme comentou um doutorando em Filosofia, amigo meu, “essa é mais uma aparente inocente mudança nos padrões. Mas o que se quer estabelecer é um descompromisso, a perda do sentido de dever e obrigação, sendo substituído por uma noção vaga, mística e pseudorreligiosa, obviamente, de ‘gratidão’, mas que no fundo é um esvaziamento mesmo do sentido de obrigação. Isso significa que perante Deus, por exemplo, só temos ‘gratidão’ e não mais uma obrigação com Ele. Já vi muitas pessoas religiosas entrarem nessa onda de ‘gratidão’, sem perceber o que está por trás disso.”

O que pode estar por trás da febre do #gratidão