quarta-feira, 31 de agosto de 2016


Três Mensagens em Sodoma e no Apocalipse


Muçulmana obrigada a se despir
Eventos ocorridos nas últimas semanas têm mostrado o quanto os valores estão invertidos em nosso planeta, o quanto a moral atual é relativa e o quanto fazem falta os absolutos morais que deveriam nos servir de balizas. Quando se joga a régua fora, como saber o que é uma linha reta? Como escreveu C. S. Lewis: amputamos o braço e queremos exigir sua função. Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, vimos um exemplo disso. Ao mesmo tempo em que o Comitê Olímpico chiou porque o jogador de futebol Neymar exibiu na testa uma faixa com a inscrição “100% Jesus”, a cena de duas lésbicas se beijando após um pedido de casamento ganhou a mídia e foi aplaudida. O indivíduo não pode manifestar seu afeto por Jesus, mas a homoafetividade pode ser manifestada abertamente? O cristianismo tem que ser escondido, mas estilos de vida que vão contra os valores bíblicos (e não me refiro apenas à prática homossexual) devem ser enaltecidos? Onde ficou aquela máxima “direitos iguais”?

Outro exemplo vem das praias da França. Usar biquínis mínimos e, quiçá, até topless, pode. Trajar burquíni, não. Recentemente, a situação chegou ao extremo na praia Passeio dos Ingleses (confira). Quatro policiais armados obrigaram uma mulher muçulmana a se despir, em uma clara violação dos direitos humanos. O que virá a seguir? Proibição de se carregar a Bíblia? Proibição de pregar em público? Proibição de guardar o sábado? Com medo do terrorismo, as autoridades estão condenando qualquer “diferente”, como se sua fé automaticamente o tornasse uma ameaça fundamentalista. Se essa “moda” pegar...

Mais um exemplo? Conforme o site Guiame, o banner que faria a divulgação do lançamento do DVD do filme Deus Não Está Morto 2 foi rejeitado na região central de Cleveland, no estado norte-americano de Ohio. O impedimento veio pela empresa que faz a publicidade na região, que considerou a mensagem “muito provocativa”. O banner pretendia incluir uma foto da atriz Melissa Joan Hart, protagonista do filme, junto com a mensagem: “Eu prefiro ficar do lado de Deus e ser julgada pelo mundo, a ficar do lado do mundo e ser julgada por Deus”, dita pela personagem Grace Wesley no longa.

Representantes da Orange Barrel Media consideraram a frase “julgada por Deus” muito “política e provocativa”, de acordo com o site The Hollywood Reporter. A empresa ainda afirmou que o título do filme é problemático.

“As pessoas achavam que nós éramos loucos por trazer essas questões em um filme. Mas esse caso do anúncio é um exemplo perfeito de como [a perseguição religiosa] existe e está acontecendo em nossa sociedade hoje”, disse David White, fundador da produtora Pure Flix.

Curiosamente, filmes sobre ateísmo, bruxaria, reencarnação, etc., etc., são produzidos às centenas e veiculados abertamente. Ninguém reclama de suas tramas “provocativas” e apologéticas.

Se a frase “julgada por Deus” é considerada inadequada, o que vai acontecer quando a igreja der cada vez mais ênfase à pregação das três mensagens angélicas de Apocalipse 14? Quer algo mais provocativo do que isso? A mensagem de Noé ao mundo que estava por um fio não era provocativa? A mensagem de Jesus não era e não é provocativa? Sim, a Bíblia apresenta uma mensagem provocativa. Deus quer nos provocar para que saiamos da apatia, da ignorância, e para que as pessoas parem de tapar o sol com a peneira, como se este mundo fosse durar para sempre. Ignorar os apelos divinos não fará Deus mudar de ideia quanto a este planeta que afunda no pecado. Os que caçoaram de Noé e rejeitaram as oportunidades dadas pelo Criador tiveram que colher as tristes consequências dessa escolha. E isso vai se repetir em breve.

Você percebe o tipo de polarização que estamos assistindo ser imposta no mundo? De um lado, estão aqueles que defendem valores que se opõem à cosmovisão judaico-cristã e veem isso como um tipo de libertação, de atitude “mente aberta”, de exercício da democracia, e militam contro o outro lado. Que lado? O daqueles que, muito embora defendam a liberdade religiosa e procurem respeitar o estilo de vida escolhido por qualquer um, não deixam de expressar sua maneira de encarar a vida e falar de sua fé. Só que, nestes dias, falar sobre heterossexualidade, criacionismo e crença no Deus da Bíblia, por exemplo, está se transformando em uma atitude “politicamente incorreta”. E fundamentalistas politicamente incorretos não merecem respeito. Arranquem suas roupas e destruam seus cartazes!

A coisa tende a piorar...

Michelson Borges



Valores invertidos em um mundo torto


Resquício edênico
Pare para pensar: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo [na verdade, a sequência correta começa com o domingo, o primeiro dia da semana, e conclui com o sábado. - MB].Mas também: dó, ré, mi, fa, sol, lá, si. Sete notas musicais. Vermelho, laranja, amarelo, verde, ciano, turquesa, azul, violeta. Sete cores do arco-íris. Dá para continuar. Apesar de se saber que os números sempre existiram por razões práticas – contar ovelhas ou tomates, por exemplo –, eles também revelam padrões abstratos, e isso fez com que virassem objeto de estudo. Cada número tem um significado em si: o 1, por exemplo, é o mais popular de todos como primeiro dígito (em um conjunto de dados, cerca de 30% dos números começam com 1, e o 5, no Oriente Médio, repele o mal. Mas o 7 ocupa um lugar privilegiado.

Antes de falar dos dias da semana, exploremos os números que existem sobre eles. Ao que parece, o 7 é o preferido das pessoas. No livro Alex através do espelho, Alex Bellos fez um experimento lançando nas redes a pergunta: “Qual o seu número preferido?” Ele recebeu respostas de todas as partes do mundo. Apesar de todos os números de 1 a 100 terem tido votos e ter havido 472 votos para números de 1 a 1000, o preferido certamente foi o 7.

A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, tentou comprovar o experimento com um método bem pouco científico. Mandou um e-mail para os jornalistas da equipe com a mesma pergunta. Das 16 pessoas que responderam, 7 escolheram o 7, mais que os outros dígitos. O segundo lugar teve três votos.

“Quando escolhemos nosso número favorito, é provável que escolhamos um número ímpar, porque eles parecem mais interessantes”, diz Bello. “Os pares são mais cômodos – 2, 4, 6, 8 -, enquanto 3, 7, 9 nos fazem pensar um pouco mais. E o 7 é o mais perigoso, porque é a tabuada mais difícil.”

“Um dos testes de demência ou para pessoas que saíram de um coma que se faz é pedir a elas que, partindo do 100, subtraíam de 7 em 7 até no 0. Fazem isso porque é muito mais difícil. 5 é fácil. E se fosse 6 ou 8, os números se repetem muito mais do que com 7, então não seria tão complicado.”

O curioso, diz Bellos, é que inclusive pessoas que dizem odiar matemática ou que acham impossível a tabuada de 7 o escolhem como número preferido. Mas não apenas é um número do qual as pessoas gostam, ele também tem uma longa história. “Ao longo da história, de todos os números, o 7 é o que tem mais simbolismo cultural, místico e religioso”, aponto o autor.

Os 7 mares (que foram reais a imaginados ao longo dos séculos e através das culturas), as 7 idades do homem de Shakespeare, os 7 metais da Alquimia... “Para mim, a razão pela qual conferimos tantas qualidades místicas ao 7 gira em torno de sua unicidade numérica”, diz Bellos. “O 7 é o único entre os primeiros 10 números que não pode ser multiplicado ou dividido dentro do grupo.” Mmm...? “Se você multiplica por 2 o 1, 2, 3, 4 ou 5, o resultado é menor ou igual a 10”, ou seja, multiplicados por um do grupo, não saem dele. “Os números 6, 8 e 10 podem ser divididos por 2 e 9, por 3, e seguem dentro do grupo. O 7 é o único que não produz nem é produzido. É por isso que parece especial... porque é!”, constata Bello.

Os dias já são contados há muito tempo. O nascer e o pôr do sol são eventos muito imponentes para que passassem batidos, principalmente quando não sabíamos iluminar as noites. A natureza os separava e os humanos marcavam em um tronco. “Nossos primeiros calendários estavam vinculados aos fenômenos astronômicos, como a Lua Nova, de forma que o número de dias em cada calendário variava. Se se regiam pela Lua, por exemplo, os ciclos duravam entre 29 e 30 dias”, diz Bellos. “No primeiro milênio a.C., os judeus introduziram o novo sistema: decretaram que o Sabbat seria cada sétimo dia ad infinitum, independentemente da posição dos planetas.” [Na verdade, o “decreto” veio da parte de Deus.]

Ao contrário de outras culturas, em hebraico os dias da semana não têm nomes de deuses, festivais, elementos ou planetas, mas são números, com exceção de sábado, Yom Shabbat(יום שבת) ou dia Sabbat. Dessa forma, explica, nos emanciparam das leis da natureza, colocando a regularidade numérica no centro da prática religiosa e organização social. “A semana de 7 dias virou a tradição de calendário ininterrupta mais antiga da história”, afirma.

O 7 já era um número místico quando os judeus declaram que Deus levou seis dias para fazer o mundo e no sétimo descansou. Outros povos mais antigos também haviam usado períodos de sete dias em seus calendários, mas nunca repetidos eternamente. “A explicação mais comumente aceita para o predomínio do 7 no contexto religioso é que os antigos viam sete ‘planetas’ no céu: o Sol, a Lua, Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno”, destaca Bellos. Os babilônios foram um desses povos que associaram o número 7 aos corpos celestes. Por isso, alguns acreditam, virou importante marcar o sétimo dia com rituais.

A semana de sete dias ligada ao astros foi adotada até no Extremo Oriente. Mas pode haver outras explicações para sua importância simbólica. Uma delas é que os egípcios usavam a cabeça humana para representar o 7, porque há sete orifícios nela: ouvidos, olhos, nariz e boca.

A psicologia dá outra explicação: “Seis dias seria o período ótimo de tempo que uma pessoa pode trabalhar sem descansar. Além disso, sete pode ser o número mais apropriado de nossa memória, o número de coisas que uma pessoa média pode manter em mente é 7, mais ou menos 2.”

E há algo mais que faz o 7 especial, segundo Bellos, que ilustrou com um exemplo peculiar. “Pense nos sete anões da Branca de Neve. Por que não seis? Seriam suficientes – nem muitos nem poucos – mas poderiam se separar em 3 x 3, se dividir em grupos de dois. Se são sete, eles precisam ser vistos como um grupo. Para mim, isso faz com que o 7 seja poderoso: faz com que todos sejam iguais.”


Nota: Interessante ver a BBC tratando desse tema. Mas note que todas as hipóteses acima são insuficientes para explicar o fascínio em torno do número 7 e a origem da semana de sete dias. É evidente que a semana de sete dias e o aspecto “místico” do número 7 antecedem o povo judeu, até porque a semana provém do Éden, muito tempo antes de haver um judeu sobre a Terra. Como a semana de sete dias tem sua origem criação, é lógico que haja resquícios desse fato em outras culturas, e não apenas na hebraica. Faz parte da bagagem cultural dos povos e realmente surpreende que, mesmo sem qualquer vinculação com movimentos astronômicos (como ocorre com os meses e os anos, por exemplo), a semana de sete dias permaneça intacta em todo o mundo. O ciclo circaceptano é outra evidência de que a semana de sete dias aponta para a criação (confira aqui). [MB]

Por que a semana tem sete dias?


[Há duas semanas, a revista Veja publicou na seção “Página Aberta” um artigo do presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), com o título “Deus é uma ficção”. Algumas pessoas escreveram e-mails e eu enviei o artigo abaixo, na doce ilusão de que fosse publicado como contraponto às ideias do ateu. Mas percebi, mais uma vez, que as páginas daVeja não são assim tão abertas... - MB]

Heinrich Heine (1797-1856) foi um filósofo e poeta alemão profundamente marcado pela pessoa e obras de outro filósofo: Friedrich Hegel. Tornou-se ardoroso defensor do ateísmo e tratava a religião e a Deus com deboche e acidez. A famosa expressão que qualifica a religião como “ópio do povo” – posteriormente usada por Karl Marx na Crítica da Filosofia Hegeliana do Direito – havia sido adiantada por Heine. Em sua obra Ludwig Börne, Heine, com sua ironia peculiar, escreve: “Bendita seja uma religião que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança.”

Apesar de uma vida de negação a Deus, à semelhança de Antony Flew (considerado o maior filósofo ateu do século 20 e autor de Um Ateu Garante: Deus Existe), Heine, em 1849, fez uma declaração que espantou a muitos. Ao arqueólogo Fernando Meyer que, no outono daquele ano, visitou Heine, gravemente enfermo e paralítico devido à sífilis, o filósofo declarou: “Pode acreditar, meu amigo, pois é Heinrich Heine quem lho confia em seu leito de morte, após longos anos de madura reflexão: Depois de considerar atentamente tudo quanto sobre a matéria se tem falado e escrito em todas as nações, cheguei à certeza de que existe um Deus, que é o juiz das nossas ações, de que a nossa alma é imortal [sic] e existe uma vida no além, onde o bem é premiado e o mal castigado... Não tivesse eu essa fé, persuadido da incurabilidade do meu mal, já há tempo teria posto um fim à minha miserável existência... Insensatos há que, depois de terem sido vítimas do erro durante toda a vida, e terem anteriormente manifestado tais ideias errôneas por palavra e por obra, já não têm coragem para confessar que por tanto tempo andaram enganados; eu, porém, confesso abertamente que foi um erro infame o que me manteve manietado por tão largo tempo; agora, sim, vejo claramente, e quem me conhece e me vê pode dizer que não falo por coação ou com o espírito obnubilado, mas numa hora em que as minhas faculdades estão tão robustas e arejadas como em qualquer tempo anterior” (Gespräche mit Heine [nota 153], p. 704-707; citado por Georg Siegmund, em O Ateísmo Moderno, p. 232).

Heine, Flew e mesmo o cientista diretor do Projeto Genoma e ex-ateu Francis Collinsforam perseguidos por seus antigos pares e colegas de descrença. Esses e muitos outros que se atrevem a fazer o caminho do ateísmo para o teísmo descobrem que há armários de dentro dos quais a saída é tão dolorosa quanto o é para outras pessoas que sofrem o preconceito de grupos intolerantes que defendem uma liberdade localizada e limitada. Na juventude, talvez Heine fizesse parte de algum grupo ateísta militante que vive confundindo Estado laico com estado ateu e que insiste em dizer que Deus não existe, muito embora viva incomodado com Ele.

Não dá para negar que, assim como os negros e os homossexuais, ateus assumidos também sofrem sob o preconceito dos que se recusam ao diálogo e desrespeitam os “diferentes”. Mas também é notório que existem outros grupos tão ou mais hostilizados do que esses citados acima. Um exemplo são os criacionistas bíblicos, cristãos para os quais o Universo e a vida foram criados por Deus, exatamente como descreve a Bíblia. Tente defender essa tese sustentada por Paulo, João e pelo próprio Jesus e você verá o que é preconceito! Aliás, o próprio fato de que certos setores da mídia privilegiam conteúdos de cunho naturalista ou mesmo ateísta em detrimento de conteúdos apologeticamente cristãos já é evidência suficiente de que certos “armários” são piores do que outros. Quer um exemplo? Na semana passada, alguns jornais estrangeiros noticiaram a prova final de que o Homem de Piltdown, tido por muito tempo como um “elo perdido” a favor da teoria de Darwin, foi uma fraude escandalosa. Você leu alguma linha sobre isso aqui no Brasil? Viu a notícia estampada em alguma capa? No entanto, quando os ateus Richard Dawkins (o “devoto de Darwin”, segundo Veja) ou Stephen Hawking dizem algo sobre Deus, isso vira manchete quase que instantaneamente.

O exagero da militância ateísta é percebido e denunciado não apenas por religiosos. Eli Vieira é um biólogo defensor ferrenho do darwinismo e ateu declarado, ativo nas redes sociais. Em 2013, ele escreveu algo em sua página no Facebook que revela o caráter de entidades como a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). O texto de Eli foi reproduzido no blog Kestão de Opinião (http://goo.gl/yhmklp) e em um comentário no blog Ceticismo Político (https://goo.gl/P5gz5v).

“Quando eu achava que a ‎Atea não poderia descer mais ainda o nível, eles zoam uma garota que perdeu o filho depois de uma cirurgia. Eles acharam engraçado que a garota estava com fé em Deus que o filho fosse sobreviver, o que infelizmente não aconteceu. A pessoa que fez essa piada está tão cega de fanatismo pelo ateísmo que está mais interessada em tripudiar sobre o ‘fracasso’ das orações da jovem mãe do que em respeitar seus ferimentos psicológicos da enorme dor que é perder um filho. Talvez uma dor que um ateu cissexual, homem, heterossexual e de classe média jamais experimentará na vida dele. Uma dor que, para enfrentar na vida, é preciso muito mais coragem que a ‘coragem’ de afrontar uma sociedade majoritariamente teísta com chistes hereges de baixa criatividade e péssima qualidade, e escondendo a cara por trás de uma instituição cujo presidente [Daniel Sottomaior] tem a pachorra de louvar o proselitismo ao melhor estilo infantil ‘se eles podem eu quero também’, ignorando se o que eles ‘podem’ é certo ou errado, desejável ou indesejável, de consequências positivas ou negativas.”

Vieira diz também que acompanhou a Atea desde antes de sua fundação e que conhece bem seus fundadores, e afirma que eles não falam por ateus humanistas como ele. “Sua página no Facebook é uma vergonha, sua atuação positiva é eclipsada por essa atuação negativa constante, e a imagem que a Atea criou dos ateus me entristece, me envergonha, me revolta e me enoja”, conclui.

Me causam enjoo, também, os argumentos superficiais e requentados usados por pessoas como Sottomaior. Na edição de 17 de agosto da revista Veja, o presidente da Atea “força a barra” ao dizer que, biblicamente falando, ímpio é sinônimo de ateu. Nada mais falso. Quem lê a Bíblia sabe que a maioria dos ímpios mencionados em suas páginas são, na verdade, religiosos hipócritas que negam a fé que professam ao agir em desacordo com os preceitos da religião. Saul, Anás, Caifás, Herodes eram “crentes” e ímpios. A palavra “ímpio”, originalmente, vem de “sem piedade”, desumano, cruel. No original grego éanomos, “sem lei”, “fora da lei”. E esse tipo de gente pode ser encontrado entre ateus e crentes, infelizmente. 

Sottomaior afirma, ainda, que “quanto mais religioso é um país, piores são seus índices sociais”. Argumento bastante frágil esse. Os Estados Unidos são um dos países mais religiosos do mundo, e a Coreia do Norte, um dos mais ateus. Os países nórdicos têm tradição protestante, os do leste europeu viveram à sombra do comunismo ateu. Precisa dizer mais alguma coisa? E, se quisermos também forçar a barra, podemos dizer que os regimes ateístas, como o da antiga União Soviética, foram responsáveis por matanças que deixariam os inquisidores medievais morrendo de inveja. 

Mas é claro que não é justo culpar os ateus pelo que fizeram os regimes políticos de orientação ateísta, tanto quanto não é justo culpar Deus ou a religião bíblica pelo que religiosos ímpios fizeram e têm feito em nome dEle.

Na verdade, ateus e crentes somente existem porque o Criador de ambos lhes dá a liberdade para crer no que quiserem. É exatamente essa liberdade conquistada no Ocidente judaico-cristão que permite a crença e a descrença, e a própria existência dos ateus que merecem, sim, um lugar ao sol. Ateus, graças a Deus.

Para concluir, é interessante notar como a militância ateísta, por mais que tente, não consegue enterrar o Deus que creem estar morto. O presidente da Atea se chama Daniel, um nome bíblico que significa “Deus é o meu Juiz” (sugestivo, não?). E seu artigo foi publicado em uma edição de Veja em que aparece na capa uma imagem de Cristo...

Michelson Borges

Eles não conseguem enterrar Deus

Todos nós merecemos um Impeachment


A Grande Cadeia Profética

terça-feira, 30 de agosto de 2016



Profecias para o Tempo do Fim

1- Fundamento da Grande Cadeia Profética

segunda-feira, 29 de agosto de 2016


MATE A VACA!

quinta-feira, 18 de agosto de 2016


Os 144.000 São as Primícias dos Santos Vivos e a Grande Multidão é a Seara



Reflexão sobre a peculiaridade dos Jeepneys das Filipinas com aplicabilidade na nossa existência e importância que temos para Deus.
“Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus.
E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.” Lucas 12:6,7

Jeepney

sexta-feira, 12 de agosto de 2016


A Convergência Final


Saída do Reino Unido da União Europeia e Daniel 2

Na Mira da Verdade


As Sete Igrejas


REINO UNIDO E DANIEL 2


Crise Econômica Mundial - Os Últimos Acontecimentos Serão Rápidos


APOSTASIA NA IGREJA ADVENTISTA


Todo Adventista deveria ouvir esse Pastor


Apostasia da Igreja Adventista e o Ecumenismo

quinta-feira, 11 de agosto de 2016


Santificação


Pecado mais que acessível
Um dos estudos mais recentes sobre pornografia nos Estados Unidos, realizado pela Proven Men Ministries, organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar homens a se libertar desse vício, constatou que 79% dos homens e 34% das mulheres entre 18 e 30 anos acessam conteúdo erótico mensalmente. De acordo com o levantamento, na faixa etária dos 31 aos 49 anos, esse hábito era cultivado por 67% dos homens e 13% das mulheres. Já com relação ao público entre 50 e 68 anos, 49% deles e 10% delas declararam acessar material erótico mensalmente. Isso disparou o alarme nos meios religiosos, pois o contato com esse tipo de material traz sérios prejuízos para a pessoa, as relações familiares e a vida espiritual. Essa proporção tem mudado pouco ao longo das últimas décadas. Porém, é perceptível que a internet tenha ampliado as formas de contato com conteúdo pornográfico. Se há alguns anos esse tipo de material estava disponível unicamente em fitas VHS, cinema ou revistas vendidas em bancas, hoje o internauta tem acesso por meio de DVDs, Blu-Rayslaptops, e-mails, smartphonestabletse uma infinidade de outros dispositivos.

“Quando eu era adolescente na década de 1990, quando a internet estava em sua infância e todos os celulares eram ‘burros’ (referência ao período em que não havia ‘telefones inteligentes’), a grande preocupação das igrejas sobre questões sexuais era o sexo antes do casamento. Em 1993, os adolescentes tinham que roubar revistas ou fitas VHS para ver pornografia. Hoje, tudo de que eles precisam é uma conexão com a internet”, disse recentemente a escritora Halee Gray Scott, em artigo na revista Christianity Today. “Estamos aprendendo mais e mais sobre o impacto duradouro de viver em um mundo conectado a uma internet saturada de conteúdo pornográfico”, acrescentou.

Confirmando essa tendência, uma pesquisa feita na Inglaterra em 2011 mostrou que 24% dos entrevistados mantinham conteúdo pornográfico em seu celular, podendo acessá-lo quando e onde quisessem, sem o constrangimento da exposição.
Nesse mundo de novas tecnologias da comunicação, a multibilionária indústria pornográfica (considerada maior do que o conjunto das empresas Microsoft, Google, Amazon, eBay, Yahoo!, Apple, Netflix e EarthLink) vem ganhando cada vez mais espaço junto aos mais variados públicos.



Efeitos da pornografia na era digital


Se você nasceu nos anos 1990, este artigo é especialmente para você. Para quem nasceu antes e se maravilhou com o fantástico mundo de Hogwarts, esta leitura também interessa. E para você que já está achando tudo isso papo de “gente velha”, mas tem se interessado pela saga do “menino que sobreviveu” ou do “menino amaldiçoado”, recomendo-lhe fortemente este texto. Você não está prestes a ler um artigo de alguém que condena os livros de Harry Potter sem nunca os ter lido, mas, sim, de uma pessoa que leu todos os livros (várias vezes), assistiu a todosos filmes e ainda tinha duas coleções deles, uma em português e uma em inglês. Portanto, não se trata de críticas com base em sites ou impressões de terceiros. O que vou descrever aqui tem relação com os efeitos e as impressões que esse conteúdo todo teve sobre mim.

O pequeno Harry James Potter foi concebido, literariamente falando, por sua mãe, Joanne Kathleen Rowling, durante uma viagem entre Manchester e King’s Cross – a famosa estação de trem que inicia e termina toda a história. Existem vários comentários de Rowling sobre o modo de concepção da história, e também comentários de caráter conspiratório acerca disso. Minhas impressões cristãs, sem considerar nenhum site ao estilo sensacionalista, é de que realmente Rowling teve influências sobrenaturais para a criação de Harry Potter, levando em conta a própria admissão dela de que “ouvia” os diálogos que escreveu nos livros, e que “via” as cenas como reais. Não haveria nenhum mal nisso, caso não admitíssemos que o Espírito Santo usa nossas capacidades mentais para repassar mensagens às pessoas: como no caso de Moisés que, ao confidenciar a Deus sua incapacidade com a fala, obteve a resposta: “Vai, pois, agora, e Eu serei a tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Êxodo 4:12). A Jeremias, aos discípulos e apóstolos, e, posteriormente, a nós mesmos, quando estamos em grande dúvida sobre algum assunto ou a discorrer sobre algo celestial, o Espírito Santo fala pela nossa boca, nossos pensamentos e ações. Assim também ocorre com as pessoas que se abrem aos “espíritos de luz” (Lúcifer e seus anjos – mas esse é um assunto que você pode encontrar em outros posts): recebem orientação maligna para conselhos e, no caso que estamos tratando aqui, para uma obra grandiosa que conseguiria levar muitos para longe de Deus (muitos!), como creio pessoalmente ser o caso.

Passando a parte da concepção do livro, já se vê que não há de ser boa coisa. Mas eu não pensava assim na época, e por isso a cada nova aventura de Harry, Ron e Hermione, os livros pareciam me levar realmente para dentro daquele mundo mágico. Aos 11 anos, já tendo lido o primeiro livro algumas vezes (mais de cinco vezes), esperei a carta da Escola de Hogwarts e fiquei frustrada porque eu “não era especial”. Pode parecer uma coisa besta, mas como a história nos conta a trajetória de um menino simpático, que sofria perseguições nas mãos dos tios, vivia mal e tinha uma vida simples sem saber que era especial, toda criança ou pré-adolescente, em uma fase que já é conhecida pela confusão interna devido às mudanças físicas e hormonais, deseja viver uma grande aventura e ser especial como ninguém mais seria. Portanto, casamento perfeito! Mesmo não tendo recebido a tal carta, ouvi relatos impressionantes de outras crianças que se jogavam dos telhados de casa montados em vassouras, e outros ainda com transtornos sérios acreditando ser o próprio Harry ou ser um dos amigos ou inimigos de Hogwarts.

Mas, obviamente, ainda não seria motivo suficiente para queimar todos os livros. Ao longo dos anos, e com o lançamento dos demais volumes, os fãs de Harry Potter tiveram experiências com os mais fantásticos seres do mundo sobrenatural: centauros, elfos, lobisomens, hipogrifos e mais uma vasta variedade de seres. Somando-se a isso os lugares visitados por Harry: uma câmara secreta, o transporte rápido (aparatar ou pó de flu), um beco diagonal onde se pode comprar desde varinhas a caldeirões, e outros lugares não tão legais assim, como um cemitério em que ocorre um ritual de magia negra explícito, com o sangue do próprio protagonista – tudo isso acabaria por tornar nosso mundo, o real, aparentemente sem graça.

E esse problema acima, embora pareça inocente, tem causado sérios problemas psicológicos, como:

Desprezo pelo mundo real. Como a criança, o jovem e o adulto são constantemente estimulados pelas mais excitantes cenas sobrenaturais no livro, o mundo comum parece algo realmente sem graça. E não é para menos: a autora não ajuda em nada, chamando a nós (sim, todos nós, seres humanos, pois ninguém tem varinhas que lavam louças magicamente) de trouxas. Isso mesmo! Os trouxões! A Bíblia deixa claro que Deus deu Seu Filho, do reino celestial, para morrer por cada um de nós, como seres superespeciais. Ou você realmente crê que Jesus veio morrer apenas por uma classe especial de pessoas?

Infratores da lei. Harry Potter e seus amigos dificilmente têm um dia comum na escola, como se deve esperar de todo cidadão. Pelo contrário, seguir regras é algo extremamente difícil para eles, que apesar de terem Hermione (que frequentemente os chama para essa “responsa”), ela mesma acaba quebrando regras pelo “bem maior”, e no fim eles sempre salvam o mundo bruxo de mais uma aparição de Voldemort. O pobre e hostilizado professor Snape até cita esse fato em um dos livros, mas os leitores estão sempre do lado do jovem Harry, acabam por “odiar” aquele que chama para o que é correto.

Depressão. Como consequência, ou como causa do item acima citado, até atividades comuns como escola parecem desanimadoras. Imagine, depois de ler sobre uma das estranhíssimas aulas de adivinhação, astronomia, trato das criaturas mágicas, feitiço ou transformação, ter uma aula de m-a-t-e-m-á-t-i-c-a. É de chorar! Ou, ao invés de um emprego na Ordem da Fênix (que trata de liquidar assuntos das trevas), você tem que se sentar em seu escritório (que, aliás, não possui quadros de pessoas que falam e se movem), e ter um dia normal de trabalho. Portanto, a perda da felicidade nas coisas simples da vida se torna uma rotina para leitores de Harry Potter.

Agora gostaria de me voltar para o caráter antibíblico da saga, focando apenas em alguns pontos, visto que poderia citar diversos, se me dignasse a ler os livros mais uma vez ou assistir aos filmes, algo que definitivamente não pretendo fazer. Vou fazer isso citando textos bíblicos e comparando-os com o livro:

Magia, bruxaria: Isso é Hogwarts! Querido, cristão que é cristão não compactua com isso:“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:19-21).

“Por causa da multidão dos pecados da meretriz mui graciosa, da mestra das feitiçarias, que vendeu as nações com as suas fornicações, e as famílias pelas suas feitiçarias” (Naum 3:4).

“E exterminarei as feitiçarias da tua mão; e não terás adivinhadores” (Miqueias 5:12).

Analogia com Cristo e Satanás – bem e mal. Aqui temos um mix indizível de simbolismos que tornam o bem uma parte do mal ou vice-versa. Quer provas? Uma das horcruxes (pedaço da alma) de Voldemort (vilão, malvado, ser destituído de sentimentos misericordiosos) encontra-se dentro do próprio Harry, ou seja, ele pode ser bonzinho o quanto quiser, mas esse ladinho mal está ali, guardado. Mais uma para a coleção: ele fala a língua da serpente – no mínimo curioso ser uma serpente, mas com certeza é “coincidência”.

O bem, representado pelo Harry, não obedece às leis (como já citado) e é tão falível como qualquer outro ser humano. Não que ele tenha que ser Jesus, mas é bem representado como alguém que irá salvar a humanidade bruxa, portanto, na mente de todos compreende-se que Cristo poderia, sim, ter pecadinhos, pois isso não diminuiria Seu sacrifício, o que é uma blasfêmia. Analogias servem para nossa mente compreender coisas. Fazemos analogias para exemplificar e tornar mais claros certos conceitos. E com essa não seria diferente. Não adianta dizer que seu filho sabe que é tudo ficção...

Para coroar, temos o gran finale a la Lúcifer, com uma experiência quase morte (EQM). Você pode ler sobre isso em outros posts deste blog. Vamos analisar a conversa que ele tem com Dumbledore (um mago, meio parecido com nossa imagem mental de Deus, conselheiro e que “por coincidência” lhe dá a missão de destruir o mal). Aliás, antes, falando sobre espiritismo, Harry vive tentando falar com pessoas mortas, o que torna tudo “lindo”, pois ele tem contato com a mãe Lilian, o pai Thiago, o pobre Cedrico Diggory (um sacrifício necessário para o ritual do cemitério: jovem, virgem, puro de coração), Lupin, recém-morto em batalha, Sirius Black, seu padrinho, enfim... Somando-se a esse fato, a própria vida de Harry é profetizada por uma adivinhadora que consulta todo tipo de instrumentos: borras de chá, bolas de cristal...

Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nemadivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti” (Deuteronômio 18:10-12).

Abaixo, megaspoiler de Harry Potter e as Relíquias da Morte (7), quando Harry teoricamente morre e vai para um lugar em que conversa então com seu mentor:

“– Mas você está morto – disse Harry.
– Ah, sim – respondeu Dumbledore, sem rodeios.
– Então... eu estou morto também?
– Ah – disse o diretor com um sorriso ainda maior. – Essa é a dúvida, não é? De modo geral, meu caro rapaz, acho que não.
Eles se encararam, o velho ainda sorrindo.
– Não? – repetiu Harry.
– Não.
– Mas... – Harry levou instintivamente a mão à cicatriz em forma de raio. Aparentemente sumira. – Mas eu deveria ter morrido... não me defendi! Deliberadamente deixei que me matasse!
– E isso, acho eu, terá feito toda a diferença.”

Em poucos minutos de conversa, Harry, que se encontra em um lugar branco, de extrema calmaria, começa a debater sua morte com Dumbledore. Os trechos em negrito demonstram claramente a intensão “oculta” de sacrifício deliberado e, sim, a conversa com um morto. Ou será que Rowling tentou hipoteticamente representar uma conversa de Jesus com Deus após a morte do Filho?

“– Mas se Voldemort usou aquela Maldição da Morte – recomeçou Harry –, e desta vez ninguém morreu por mim... como posso estar vivo? [Referindo-se à morte da mãe por ele, um ato de amor que o protegeu da maldição. Curioso, mais ainda somado ao fato de que dessa vez ninguém morreu por ele.]
– Acho que você sabe. Faça uma retrospectiva. Lembre o que ele fez em sua ignorância, cobiça e crueldade.
– Ele tirou o meu sangue – respondeu Harry. [O sangue de Harry é precioso, pois nele existem traços do sacrifício.]
– Exato! – exclamou Dumbledore.
– Ele tirou o seu sangue e usou-o para reconstruir o próprio corpo vivente! O seu sangue nas veias dele, Harry, a proteção de Lílian nos dois! Ele prendeu você à vida enquanto ele viver! [TOUCHÉ! Agora aquele que virá libertar o mundo bruxo vive por causa do vilão... por um “descuido” do próprio Voldemort, Harry apenas poderá ressuscitar por conta dele mesmo! Não parece tudo o que Satanás adoraria, ter a vida de Cristo nas mãos?]

– Eu vivo... enquanto ele viver? Mas pensei... pensei que fosse o contrário! Pensei que nós dois tínhamos que morrer? Ou dá no mesmo? – Então me explique... melhor – pediu Harry, e Dumbledore sorriu.
– Você foi a sétima Horcrux [parte da alma de Voldemort], Harry, a Horcrux que ele nunca pretendeu criar. Voldemort deixou a alma tão instável que ela se fragmentou quando ele cometeu aqueles atos de indizível maldade, o assassinato dos seus pais, a tentativa de matar uma criança. Mas o que escapou daquele quarto foi ainda menos do que ele percebeu. Voldemort deixou ali mais do que o seu corpo. Deixou uma parte de si mesmo presa a você, a pretensa vítima que sobrevivera. E o conhecimento dele permaneceu lamentavelmente incompleto, Harry! Aquilo a que Voldemort não dá valor ele não se dá sequer o trabalho de compreender. De elfos domésticos e contos infantis, amor, lealdade e inocência, Voldemort não entende nada. Nadinha. Que todos tenham um poder que supere o dele, um poder que supere o alcance da magia, é uma verdade que ele jamais compreendeu. Ele tirou o seu sangue acreditando que isso o fortaleceria. Integrou ao próprio corpo uma parte mínima do encantamento com que sua mãe o recobriu quando morreu para salvá-lo. O corpo dele guarda vivo o sacrifício de Lílian, e enquanto esse encantamento sobreviver, você também sobreviverá, assim como a última esperança de Voldemort.”

[Aqui já retrata o malvado como alguém descuidado, que perdeu detalhes de extrema importância e pode ser enganado. Nos dá a estranha sensação de que nós, seres simples e mortais, podemos “dar um nó” no Enganador das Nações, perito em nos fazer desviar, pelo simples fato de que um pouco dele vive em nós (pecado). Uma grande farsa e espetáculo tremendo, afinal, o que temer de alguém que pode ser enganado porque deixa “pedaços” falhos no plano?]

Essa parte, apesar de parecer um tanto complexa, não precisa de lá muita análise para compreender o pano de fundo ali representado. A conversa se estende, o que não nos interessa muito, mas o fim dela segue abaixo e você poderá tirar conclusões a partir dos textos em negrito e comentários:

“A compreensão do que aconteceria a seguir foi pouco a pouco se consolidando em Harry, nesses longos minutos, como a neve caindo suavemente.
– Tenho que voltar, não é?
– Isso depende de você.
– Tenho opção?
– Ah, sim – Dumbledore sorriu. – Estamos em King’s Cross, não foi o que você disse? Acho que, se decidir não voltar, você poderia... digamos... tomar um trem.
– E aonde ele me levaria?
– Em frente – respondeu Dumbledore, com simplicidade. Novo silêncio.
– Voldemort tem a Varinha das Varinhas.
– Verdade. Voldemort tem a Varinha das Varinhas.
– Mas o senhor quer que eu volte?
 – Acho que se você escolher voltar, há uma chance de que ele seja liquidado para sempre. Não posso prometer. Mas de uma coisa eu sei, Harry, você tem menos a temer do que ele ao retornarem para cá.
Harry tornou a relancear a coisa em carne viva que tremia e engasgava na sombra, sob a cadeira distante.
– Não tenha piedade dos mortos, Harry. Tenha piedade dos vivos e, acima de tudo, dos que vivem sem amor. Ao regressar, você poderá assegurar que menos almas serão mutiladas, menos famílias serão destroçadas. Se isso lhe parecer um objetivo meritório, então, por ora, diremos adeus.”

Você percebe aqui a conotação da conversa “Jesus e Deus”, pelos negritos, sendo que, aparentemente, “Jesus” não desejaria voltar de todo o coração, mas “Deus” o incita dando a cartada final, e nos deixando a certeza: não se trata de um personagem qualquer, num lugar qualquer.

Portanto, só posso concluir falando da felicidade que foi, depois de muitos e muitos anos de contida reflexão, me desfazer de todo o lixo que me tomava tempo. Tempo que poderia ter sido empregado estudando a Bíblia Sagrada. Tempo que poderia ter sido empregado em qualquer livro que me dissesse algo mais do que desmerecer o grande sacrifício de Cristo, incitar tudo aquilo que é proibido e poluir minha mente, caráter e personalidade. Por fim:

Filipenses 4:8: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

Fico feliz de poder compartilhar essa experiência, levar um pouco de luz às trevas, tornar claro o que tentam escurecer e assegurar que muitos deixem de ser ludibriados. A Bíblia é clara! Ela não muda! Ela não esconde nem tenta desfazer o caráter humano; não desmerece nem mesmo Satanás, que foi um dos seres mais esplêndidos já criados. Mas revela, mostra, traz para a luz, coloca sob o holofote, não deixa sombra nem lado oculto! Agarre-se à única fonte da verdade. Não se acostume com o “mundo”. Seja diferente em Cristo e comece hoje a se desfazer de tudo o que desvia você dEle.

(Bárbara Berti estudou administração e atualmente cursa Comércio Exterior na Universidade Regional de Blumenau, em Santa Catarina)

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Por que queimei meus livros de Harry Potter?

Ideologia x teologia
Papa Francisco fez comentários na semana passada que revelam a única coisa mais importante que você precisa saber sobre o mundo moderno: a religião mais dinâmica dos últimos cem anos tem sido o esquerdismo. Não o cristianismo, não o Islã, mas o esquerdismo. O esquerdismo conquistou as instituições educacionais líderes do mundo, os meios de comunicação do mundo e o entretenimento popular do mundo, e tem influenciado o cristianismo (e judaísmo) muito mais do que o cristianismo (ou o judaísmo) influenciou qualquer coisa.

Em 26 de julho, dois muçulmanos cortaram a garganta de um padre católico francês, o Rev. Jacques Hamel, 85, enquanto ele estava rezando missa em sua igreja. Cinco dias depois, durante seu voo de volta a Roma do Dia Mundial da Juventude em Cracóvia, Polônia, o papa Francisco deu uma coletiva de imprensa. Ele foi questionado sobre o padre francês e o Islã por Antoine-Marie Izoard, jornalista da I.Media, uma agência de notícias católica francesa. Izoard disse:

“Os católicos estão em estado de choque – e não só na França – após o assassinato bárbaro do padre Jacques Hamel em sua igreja, enquanto ele estava celebrando a Santa Missa. Quatro dias atrás... você nos disse mais uma vez que todas as religiões querem a paz. Mas esse santo sacerdote, oitenta e seis anos de idade, foi claramente morto em nome do Islã. Então, tenho duas perguntas breves, Santo Padre. Quando você fala desses atos de violência, por que você sempre fala de terroristas, mas não do Islã? ... E então, qual ... iniciativa concreta você pode lançar ou talvez sugerir, a fim de combater a violência islâmica?”

O papa Francisco respondeu: “Eu não gosto de falar de violência islâmica porque todos os dias quando eu abro os jornais eu vejo atos de violência, aqui na Itália: alguém mata sua namorada, outro sua sogra... e essas pessoas violentas são batizadas católicos! Eles são católicos violentos... Se eu falar sobre a violência islâmica, eu também teria que falar sobre a violência católica.”

O papa da Igreja Católica Romana, quando perguntado sobre o terror islâmico e o corte da garganta de um padre católico romano por terroristas islâmicos, responde que também há terror católico – que um homem que foi batizado católico que “mata a namorada” é o equivalente moral e religioso de muçulmanos que se envolvem em assassinatos em massa em nome do Islã.

Como alguém pode comparar:

Uma pessoa que acontece de ter sido batizada católica quando criança – e pode não ter nenhuma identidade católica como um adulto – com um adulto que afirma uma identidade religiosa?

O assassinato de uma namorada (provavelmente um crime passional) com o assassinato ritual de um padre católico porque ele era um padre?

Assassinatos individuais que não têm nada a ver com ideologias com assassinatos em massa cometidos em nome de uma ideologia?

O papa Francisco acrescentou: “O terrorismo está em todos os lugares! ... O terrorismo ... aumenta sempre que não há outra opção, quando a economia global está centrada no deus do dinheiro e não na pessoa humana, homens e mulheres. Isso já é uma primeira forma de terrorismo. Você expulsa a maravilha da criação, homem e mulher, e coloca dinheiro em seu lugar. Esse é um ato básico de terrorismo contra toda a humanidade. Devemos pensar sobre isso.”

O terrorismo aumenta “sempre que não há outra opção”? A premissa de que o terrorismo islâmico é um ato desesperado decorrente da pobreza é amplamente difundida na esquerda. Mas ela é falsa. A maioria dos terroristas islâmicos vem da classe média ou acima. No caso recente dos terroristas de Bangladesh, por exemplo, quase todos vieram de algumas das famílias mais ricas em Bangladesh. E, como é bem conhecido, a maioria dos sequestradores de 11/9 veio de famílias de classe média e média-alta.

O terrorismo islâmico não vem da economia; ele vem da sua teologia.

O terrorismo aumenta “quando a economia global está centrada no deus do dinheiro”? A busca de dinheiro e terror não têm nada a ver um com o outro. Terrorismo cresce somente quando alguma ideologia o prega. Tudo que essa declaração faz é fornecer uma desculpa para o terrorismo islâmico, culpando a “economia global” e o “deus do dinheiro” em vez de os terroristas e seu deus da morte.

Uma “primeira forma de terrorismo” ocorre quando “a economia global está centrada no deus do dinheiro”? É uma coisa ruim quando o dinheiro se torna um deus, mas não há comparação entre o “deus do dinheiro” e os horrores do terrorismo islâmico.

As mulheres Yazidi não foram estupradas e queimadas vivas por causa da “economia global” e seu “deus do dinheiro”.

A única explicação para essas declarações é que o papa Francisco herdou sua teologia do catolicismo, mas ao contrário de seu antecessor imediato, o papa Bento XVI, herdou boa parte de sua visão moral do esquerdismo.

A combinação ocidental da moral judaico-cristã e o liberalismo político – com a sua doutrina de responsabilidade moral, absolutos morais, confrontando o mal, e a liberdade política e social – tem produzido sociedades mais morais na história do mundo. O papa da Igreja Católica Romana deveria ser seu maior defensor. Mas, por conta de seu esquerdismo, ele não é.

(Denis Prager, via Rodrigo Constantino)

Papa Francisco e o declínio do Ocidente