terça-feira, 19 de abril de 2016


Dia de ir à igreja
Vereadores de Belo Horizonte aprovaram ontem em primeiro turno projeto de lei que proíbe o funcionamento de supermercados e hipermercados aos domingos. Estabelecimentos que descumprirem a legislação estarão sujeitos a multa diária a partir de R$ 50 mil. A proposta é de autoria do presidente da Câmara Municipal (foto ao lado), Wellington Magalhães (PTN), e do líder de governo, vereador Preto (DEM). O projeto foi aprovado com 28 votos, enquanto o necessário seriam 21 votos. “O domingo é o dia reservado para ficar com a família. O cidadão também tem o direito de ir à igreja. Domingo é o dia do trabalhador”, afirma Magalhães. Segundo ele, o projeto não visa a beneficiar outros comerciantes, a exemplo de padarias, nem traria consequências como desemprego.

O descumprimento da norma pode levar à multa de R$ 50 mil. Em caso de reincidência, o valor sobe para R$ 100 mil. O presidente da Câmara quer acelerar a tramitação da matéria e explica que, caso não haja emendas ao texto, a votação em segundo turno pode ocorrer a partir de hoje. Mas, para valer, além de ser aprovado em segundo turno, o texto precisa passar pelo crivo do prefeito Marcio Lacerda (PSB).

No texto de apresentação do PL, Preto e Magalhães justificam que o trabalho aos domingos só deve ser admitido em atendimentos a necessidades mais imediatas ou emergenciais. “Nesse cenário, não se enquadram os grandes estabelecimentos de hipermercado e supermercado”, diz o texto.

De acordo com o PL, o uso desse tipo de comércio acaba ocorrendo de forma corriqueira e pode ser passível de planejamento pelos clientes. “Deve-se preservar os profissionais do comércio para garantir-lhes descanso, lazer e convívio familiar, tudo em favor de sua saúde mental e saúde”, aponta o texto.

Os vereadores se apoiam na Lei Federal 10.101/2000 para propor o fechamento dos supermercados aos domingos. A lei afirma que o trabalho aos domingos no comércio deve observar artigo na Constituição que estabelece que cabe ao município “legislar sobre assuntos de interesse local”. Eles também citam entendimento na Justiça do Trabalho nessa direção. “Se não houver lei municipal vedando, pode o comércio funcionar”, afirma.


Nota: Esse tipo de lei dominical já vigora em Vitória (ES) e em outros lugares. Aos poucos, a ideia vai “pegando”, pois a justificativa é válida – o dia de descanso é que está errado. Embora se utilizem também argumentos religiosos para defender essa lei humana (algunsECOmênicos), o verdadeiro dia de repouso bíblico da lei de Deus é o sábado (confira). Só quem não quer não vê que os sinais do fim anunciados nas profecias bíblicas se acumulam dia após dia nos noticiários: doenças tomando conta do mundo, terremotos no Equador e no Japão; vulcões no México e no Chile, e tornado no Uruguai; no Brasil, uma séria crise política, econômica e moral. A capa do jornal O Globo de ontem, embora tenha que ver com o fim do mandato da presidente Dilma, parece trazer a manchete do que está acontecendo neste momento em nosso planeta. [MB]

Lei dominical em Belo Horizonte: a ideia vai “pegando”


Projeto divino
Um artigo publicado na semana passada na revista Nature Communications sustenta a ideia de que a monogamia humana seria resultado de doenças sexualmente transmissíveis. Como as criaturas que praticam a monogamia no reino animal são extremamente raras, os evolucionistas tinham que encontrar uma justificativa para esse comportamento tipicamente humano. Segundo o artigo, as evidências parecem apontar para a hipótese de que nosso sistema de acasalamento natural deve ter sido poligâmico, com um macho tendo relações com muitas fêmeas. Então, por que vemos a monogamia presente em inúmeras culturas diferentes?

Usando modelos de computador, os pesquisadores fizeram simulações de diferentes comportamentos de acasalamento, e depois avaliaram o quão bem se sairiam esses seres hipotéticos quando infecções sexuais bacterianas, como a clamídia, a sífilis e a gonorreia fossem introduzidas.

Chris Bauch, da Universidade de Waterloo, no Canadá, e coautor do estudo, explica o seguinte: “Essa pesquisa mostra como os eventos em sistemas naturais, tais como a propagação de doenças contagiosas, podem influenciar fortemente o desenvolvimento de normas sociais e, em particular, nossos juízos orientados para o grupo. Nossa pesquisa mostra como os modelos matemáticos não são utilizados apenas para prever o futuro, mas também para compreender o passado.”

Que bom que ele disso isso. É bom lembrar que modelos matemáticos dependem das informações providas pelos pesquisadores, e muitas dessas informações são meras suposições de como as coisas teriam sido ou poderão ser. Eles partem da pressuposição de que o ser humano teria sido polígamo e, depois, “inventado” a monogamia. E trabalham em cima dessa pressuposição.

Na ótica desses pesquisadores, as DSTs se tornavam endêmicas se a sociedade era em grande parte poligâmica, reduzindo a fertilidade do macho e, portanto, tornando aqueles que ficaram monogâmicos mais bem-sucedidos. Assim, ficar com um parceiro apenas se tornou a melhor estratégia, ainda que, segundo a própria teoria da evolução, o macho tenha sido “projetado” para espalhar seus genes por aí.

Apesar disso, ainda existem aqueles que não compram a ideia de que nós, como espécie, somos naturalmente polígamos. Ao olhar para as poucas sociedades sobreviventes de caçadores-coletores restantes, que são frequentemente utilizadas pelos antropólogos como uma janela para o nosso passado, a monogamia é realmente mais comum do que se poderia esperar.

Mas tem mais: além de quererem descaracterizar a monogamia como elemento constitutivo da criação original de Deus e o casamento como uma instituição sagrada, há também os que querem garantir que a monogamia deixe de ser a regra no futuro também. E a pressão, agora, é para que o Dicionário Houaiss mude a definição do verbete “família” para se tornar “mais plural e fiel à realidade”. A campanha Todas as Famílias, uma parceria entre a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas e a agência de publicidade NBS, é uma resposta ao Estatuto da Família, projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados, em 2015, que reconhece apenas o núcleo formado a partir da união heterossexual.  

O material de divulgação mostra modelos diversos de composição familiar: pai e mãe, duas mães, dois pais, apenas o pai, duas irmãs, mãe e padrasto. E não se esqueça domarketing que vem sendo feito a favor do tal “poliamor”, que, na verdade, é a poligamia rebatizada com um nomezinho singelo. 

A segue forte campanha para destruir o conceito da família originalmente criada por Deus. São os cientistas evolucionistas afirmando que a monogamia é um resquício da evolução, fazendo uma releitura do passado com base numa hipótese, e os militantes LGBT tentando redefinir o conceito de família, minando o futuro dela.

E o que temos no presente? Mais um grande sinal dos tempos, de um mundo que já passou do prazo de validade.

(Michelson Borges, com informações dos sites Hypescience e Brasil ao Minuto)

A monogamia e a família sob ataque


A revista Science considerou a técnica de edição de DNA conhecida como CRISPR-CAS9 a descoberta científica mais importante de 2015. Essa tecnologia poderá permitir, por exemplo, a correção de doenças causadas por erros no DNA. Além de trazer perspectivas otimistas no campo da saúde, tal avanço científico também fornece importantes pistas sobre a origem da vida. De acordo Timothy Standish, diretor associado do Geoscience Research Institute (Instituto de Pesquisa em Geociências), as descobertas em torno desse método apoiam a crença em um Designer inteligente. Para ele, trata-se de algo relevante para a compreensão das origens porque mostra um limite na teoria da evolução de Charles Darwin. “Mesmo editando e manipulando de maneira artificial os genes, não é possível fazer uma melancia do tamanho de um grão de milho, o que aponta para a necessidade de uma engenharia inteligente”, ele afirma.

A descoberta científica do ano