O que é Design Inteligente? Qual a sua história e seu papel na ciência? E nas salas de aula? Descubra mais neste documentário de Drika Lopes Vasconcelos, feito para a aula de Documentário, no curso de Cinema da Universidade Anhembi Morumbi, em 2012.
domingo, 4 de setembro de 2016
Um continente em mudança |
Mortes excedendo nascimentos podem parecer ficção científica, mas já são a realidade da Europa. Simplesmente aconteceu. No ano de 2015, houve 5,1 milhões de nascimentos na União Europeia, ao passo que 5,2 milhões de pessoas morreram, significando que a UE pela primeira vez na história moderna registrou um crescimento vegetativo negativo. Os dados foram divulgados pela Eurostat (departamento que cuida da estatística da União Europeia), responsável pelo recenseamento da população europeia desde 1961. Portanto é imbuída de caráter oficial. Há mais revelações surpreendentes: a população europeia aumentou ao todo de 508,3 milhões para 510,1 milhões. Imagina por quê? A população de imigrantes aumentou aproximadamente em 2 milhões de habitantes em um ano, enquanto a população autóctone da Europa foi encolhendo. É a substituição de uma população. A Europa perdeu a disposição de manter ou aumentar sua população. A situação é tão grave em termos demográficos quando a Peste Negra do século 14.
Essa transição é o que o demógrafo britânico David Coleman descreve em seu estudo “Imigração e substituição étnica em países de baixa fertilidade: terceira transição demográfica”. A taxa de natalidade suicida da Europa, combinada com os imigrantes que se multiplicam rapidamente, irá transformar a cultura europeia. O declínio da taxa de fertilidade dos europeus autóctones coincide, na realidade, com a institucionalização do Islã na Europa e a “reislamização” dos muçulmanos que lá residem.
Em 2015, Portugal registou a segunda menor taxa de natalidade da União Europeia (8,3 por 1.000 habitantes) e crescimento natural negativo de -2,2 por 1.000 habitantes. Qual país da UE teve a menor taxa de natalidade? A Itália. Desde o “baby boom” dos anos 1960, no país famoso pelas suas famílias com grande número de pessoas, a taxa de natalidade caiu pela metade. Em 2015, o número de nascimentos caiu para 485.000, menos do que em qualquer ano desde que a Itália moderna foi estabelecida em 1861.
A Europa Oriental já apresenta “a maior perda de população da história moderna”, a Alemanha ultrapassou o Japão e já conta com a menor taxa de natalidade do mundo, segundo a média dos últimos cinco anos. Tanto na Alemanha quanto na Itália os decréscimos foram especialmente dramáticos, para -2,3% e -2,7%, respectivamente.
Há empresas que não estão mais interessadas nos mercados europeus. A Kimberly-Clark, que fabrica as fraldas Huggies, saiu da maior parte da Europa. O mercado simplesmente não é rentável. Enquanto isso, a Procter & Gamble, que produz as fraldas Pampers, tem investido no negócio do futuro: fraldas geriátricas.
A Europa está ficando cinzenta; é possível sentir toda a tristeza de um mundo que se exauriu. Em 2008, os países da União Europeia viram o nascimento de 5.469.000 crianças. Cinco anos mais tarde, havia quase meio milhão a menos, ou seja 5.075.000 - uma retração de 7%. As taxas de fertilidade não têm só caído em países com economias que estão encolhendo como a Grécia, mas também em países como a Noruega que saíram, pode-se dizer, ilesos da crise financeira.
Conforme ressaltou recentemente Lorde Sacks, “a queda da natalidade pode ser o prenúncio do fim do Ocidente”. A Europa, conforme vai envelhecendo, já não renova suas gerações e em seu lugar saúda o ingresso de um enorme contingente de migrantes provenientes do Oriente Médio, África e Ásia, que irão substituir os europeus nativos e que trarão culturas com valores radicalmente diferentes em relação a sexo, ciência, poder político, cultura, economia e a relação entre Deus e o homem.
Os liberais e os secularistas tendem a ignorar a importância das questões demográficas e culturais. É por essa razão que os alertas mais contundentes vêm de alguns líderes cristãos. O primeiro a assinalar essa tendência dramática foi o grande missionário italiano padre Piero Gheddo, explicando que, devido à queda nas taxas de natalidade e à apatia religiosa, o “Islã mais cedo do que se imagina conquistará a maior parte da Europa”. Outros manifestaram a mesma opinião, como o cardeal libanês Bechara Rai, que está à frente dos Católicos Orientais, que estão alinhados com o Vaticano. Rai alertou que “o Islã irá conquistar a Europa através da fé e da taxa de natalidade”. O cardeal Raymond Leo Burke acaba de fazer um alerta semelhante.
De agora em diante, em uma geração, a Europa ficará irreconhecível. Em grande parte, as pessoas na Europa parecem ter a sensação de que a identidade da sua civilização está ameaçada, principalmente por um liberalismo descabido, uma ideologia dissimulada de liberdade, que quer desconstruir todos os laços que unem o homem à sua família, sua origem, seu trabalho, sua história, sua religião, sua língua, sua nação, sua liberdade. Ela parece vir de uma inércia que não se importa se a Europa irá triunfar ou sucumbir, se a nossa civilização irá desaparecer, se afogar em meio ao caos étnico ou se será atropelada por uma nova religião vinda do deserto.
Segundo explica o jornal Washington Quarterly, a combinação fatal da queda nas taxas de natalidade na Europa e a ascensão do Islã já tiveram consequências significativas: a Europa se transformou em uma incubadora de terrorismo; criou uma nova forma de antissemitismo virulento e mortal; uma virada política para a extrema-direita; experimentou a maior crise de autoridade da União Europeia e testemunhou uma reorientação da política externa desde a retirada da Europa do Oriente Médio.
O suicídio demográfico não é apenas experimentado, ao que parece, é desejado. A burguesia xenófila europeia, que hoje controla a política e a mídia, ao que tudo indica, está imbuída de um racismo esnobe e masoquista. Eles se voltaram contra os valores da sua própria cultura judaico-cristã, combinada com uma visão alucinógena, romantizada dos valores de outras culturas. O triste paradoxo é que os europeus estão importando grandes contingentes de jovens do Oriente Médio para compensar suas opções de estilos de vida.
Um continente agnóstico e estéril - privado de seus deuses e filhos porque os baniu - não terá forças para combater ou assimilar uma civilização de devotos e jovens. O fracasso de conter a transformação que se avoluma no horizonte parece estar do lado do Islã. O que estamos presenciando são os últimos dias de verão?
(Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano. Mídia Sem Máscara, via Gatestone Institute)
Europa: a substituição de uma população
Força total ao ECOmenismo |
Em sua mensagem para o “Dia Mundial de Oração para o Cuidado da Criação”, na quinta-feira, o papa Francisco disse que o aquecimento global causado pelo ser humano, bem como a perda de biodiversidade são “pecados” contra Deus, que devem ser expiados com atitudes ecológicas. “O aquecimento global continua, em parte, devido à atividade humana”, disse Francisco, acrescentando que “2015 foi o ano mais quente já registrado, e 2016 provavelmente será ainda mais quente. Isso está levando a secas cada vez mais severas, inundações, incêndios e eventos climáticos extremos. A mudança climática também está contribuindo para a crise de refugiados de cortar o coração”. Repetidamente citando o Patriarca Ecumênico Bartolomeu, que tem “coragem e profeticamente continuou a apontar nossos pecados contra a criação”, Francisco fez sua nova lista de pecados ambientais, que inclui poluição, aquecimento global e desmatamento.
Durante este Ano Jubileu, “vamos aprender a implorar a misericórdia de Deus para os pecados contra a criação que não temos até agora reconhecido e confessado”, disse Francisco, propondo que os cristãos precisam se submeter a uma “conversão ecológica”. Se nossa “conversão ecológica” for real, disse o papa, ela levará a formas concretas de pensar e de agir com mais respeito à criação.
No e-mail abaixo, postado pelo jornalista Azenilto Brito em sua página no Facebook, pode-se ver que o apelo ECOmêmico trem sido forte também entre os evangélicos:
“Todos os anos, a Rede Ambiental Evangélica e os Jovens Evangélicos para a Ação Climática unem cristãos de todo o mundo para celebrar o Dia Mundial de Oração Pela Criação de Deus, em 1º de setembro. [...] Acreditamos que a oração é essencial para a ação e compreensão sobre como a Santíssima Trindade nos quer cuidando do mundo de Deus. [...] O Patriarcado Ecumênico há muito tempo designou 1º de setembro como um dia de oração pela criação de Deus, e em 2015 o papa Francisco deu apoio e uniu-se ao chamado por um Dia Mundial de Oração Pelo Cuidado da Criação pela Igreja Católica. A Igreja Ortodoxa Russa também determinou 1º de setembro como o Dia de Oração Pela Criação de Deus.
“Como evangélicos, aplaudimos esses passos de nossos irmãos e irmãs ecumênicos e afirmamos que o primeiro dia de setembro é um dia de oração pela criação de Deus e todas as pessoas de boa vontade. Os evangélicos estão se firmando sobre a Resolução de 2015 da Associação Nacional de Evangélicos que se Preocupam com a Criação de Deus, o Compromisso da Cidade do Cabo, de 2010, derivado do Movimento de Lausanne para a Evangelização Mundial, co-fundado por Billy Graham e John Stott, bem como a Iniciativa Climática Evangélica, de 2006. Esta página é oferecida para ajudar aqueles que gostariam de participar com os outros ou por si neste dia de oração, sabendo que milhares e milhares ao redor do mundo também vão estar orando. Nós lhe convidamos a se juntar a nós e a milhares de outros ao redor do mundo em oração na quinta-feira, 1º de setembro de 2016.”
Iniciativas desse tipo são positivas, sem dúvida, mas o fato é que na Bíblia já temos uma provisão divina para a preservação da natureza – o princípio do sábado, quando todas as atividades seculares deveriam ser paralisadas para o benefício dos filhos de Deus, o que, consequentemente, incluirá benefícios para toda a criação. Portanto, o princípio do sábado representa uma iniciativa semanal e não anual com tal preocupação também em vista.
Se as citadas iniciativas são positivas, elas também são preocupantes, pois já há vozes que têm entendido o valor de se parar tudo um dia por semana, com ideias de até impedir a circulação de veículos nesse “dia ecológico”. Recordo-me como na década de 70 houve situações que também levaram governos, no Brasil e em outras terras, a determinar o fechamento de postos de gasolina aos domingos. As condições e a motivação para isso na época eram diferentes, mas parece até um “ensaio” de propostas semelhantes hoje em dia, em que essa paralisação aos domingos vai parecendo mais e mais atraente por autoridades mundiais, pensando-se em beneficiar o homem, as famílias e o equilíbrio ecológico.
No dia 31 de maio de 1998, o papa João Paulo II deu a público a volumosa Carta PastoralDomini Dies [Dia dos Senhor], com cerca de 40 páginas, na qual faz um apaixonado apelo em prol do reavivamento da observância do domingo, especialmente visando à assistência à missa dominical. O papa estava bem ciente de que a crise na guarda do domingo reflete a crise da Igreja Católica e do cristianismo em geral. A “surpreendente redução” da assistência aos serviços litúrgicos dominicais reflete, na visão do papa, o fato de que a fé está “enfraquecida” e “se reduzindo”. Se a tendência não for revertida, poderá ameaçar o futuro da Igreja Católica, no limiar do ano 2000. O papa declara: “O dia do Senhor tem estruturado a história da igreja através de dois mil anos.”
No mesmo documento, o papa apela aos católicos por todo o mundo para influenciarem seus legisladores para “defenderem” o dia de domingo em benefício das famílias. Campanhas e mais campanhas têm sido lançadas para o fechamento de instituições comerciais aos domingos por várias terras. Ultimamente, essa motivação ecológica vem-se somar a tais iniciativas de longa data. Não deixa de ser um fato muito significativo.
Como disse o Dr. Samuele Bacchiocchi, em artigo em que analisou o documento papal, “a preocupação do papa é legítima porque os cristãos que ignoram o Senhor no dia que eles chamam de ‘dia do Senhor’, finalmente ignorarão a Deus em todos os dias de sua vida. Essa tendência, se não revertida, pode significar a ruína do cristianismo. A solução para a crise deve ser buscada, todavia, não mediante apelos ao Estado para legislar sobre o dia de descanso e adoração, mas convocando os cristãos a viver de acordo com os princípios morais dos Dez Mandamentos. O quarto mandamento convoca especificamente o cristão a se lembrar do que muitos se têm esquecido, isto é, que o sétimo dia é santo ao Senhor nosso Deus (Êx 20:8-11). O papa reconhece que o sábado bíblico do sétimo dia é ‘uma espécie de arquitetura sagrada de tempo que assinala a revelação bíblica’. O desafio é ensinar ao mundo essa vital verdade bíblica”.
E encerra seu artigo declarando: “Nossa angustiada e inquieta sociedade necessita redescobrir o sábado como ‘sagrada arquitetura de tempo’, que pode edificar e estabilizar nossa vida e nosso relacionamento com Deus. Num tempo em que muitos estão buscando paz interior e descanso nas pílulas mágicas ou lugares ficcionistas, o sábado nos convida a achar essa paz íntima e o descanso, não por meio de comprimidos ou lugares, mas por meio da pessoa de nosso Salvador, que disse: ‘Vinde a Mim e Eu vos aliviarei’ (Mt 11:28).”
(Com informações de Fulcrum 7 e Azenilto Brito, via Facebook)
Para o papa Francisco, aquecimento global é pecado
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