domingo, 7 de agosto de 2016


Caçadores de pessoas
É interessante ver que, a despeito dos muitos aspectos negativos do jogo Pokémon Go, há gente que consiga aproveitar o aplicativo para fazer o bem, como o hospital infantil que usa o jogo para tirar pacientes do leito (confira) ou mesmo igrejas que descobriram ter sido escolhidas como pokestops e que estão aproveitando isso para fazer contato com os jogadores que vão até lá em busca dos monstrinhos. Há também o caso do garoto autista que começou a perder o medo de sair de casa graças ao aplicativo (confira). A novidade é estrondosa e, como tudo o que é novo, gera receios, críticas, discussão e até debates acalorados. Ocorre que uma porta foi aberta e dificilmente será fechada. Outras novidades surgirão, aproveitando a tremenda conectividade fornecida pela internet, pelas redes telefônicas e pelos modernossmartphones.

Uma dessas novidades se chama Father.io, concebida inicialmente para dispositivos que utilizam o sistema Android. Nesse caso, o objetivo não é caçar monstrinhos virtuais, mas seres humanos de verdade. E “matá-los”. Isso ainda vai dar muito o que falar e serão escritas e publicadas análises dos pontos de vista sociológico, psicológico, teológico, comportamental... Veja o vídeo abaixo para ter uma ideia de como funciona o Father.io:


Aplicativos como esse vão banalizar ainda mais a violência? Vão promover mais acidentes como resultado da distração? De que forma as igrejas devem se posicionar em relação a essas novas tendências? Será que podem ser desenvolvidos aplicativos semelhantes para conectar as pessoas e levá-las ao conhecimento de Deus? São novas perguntas de um novo mundo que nos propõem desafios, mas também oportunidades.

Ninguém disse que seria fácil ser sal da terra numa Terra em constante mudança. O sal deve continuar sendo o mesmo, mas as maneiras de salgar poderão ser diferentes. Deus nos ajude! [MB]

Father.io: muito além do Pokemon Go