Muçulmana obrigada a se despir |
Eventos ocorridos nas últimas semanas têm mostrado o quanto os valores estão invertidos em nosso planeta, o quanto a moral atual é relativa e o quanto fazem falta os absolutos morais que deveriam nos servir de balizas. Quando se joga a régua fora, como saber o que é uma linha reta? Como escreveu C. S. Lewis: amputamos o braço e queremos exigir sua função. Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, vimos um exemplo disso. Ao mesmo tempo em que o Comitê Olímpico chiou porque o jogador de futebol Neymar exibiu na testa uma faixa com a inscrição “100% Jesus”, a cena de duas lésbicas se beijando após um pedido de casamento ganhou a mídia e foi aplaudida. O indivíduo não pode manifestar seu afeto por Jesus, mas a homoafetividade pode ser manifestada abertamente? O cristianismo tem que ser escondido, mas estilos de vida que vão contra os valores bíblicos (e não me refiro apenas à prática homossexual) devem ser enaltecidos? Onde ficou aquela máxima “direitos iguais”?
Outro exemplo vem das praias da França. Usar biquínis mínimos e, quiçá, até topless, pode. Trajar burquíni, não. Recentemente, a situação chegou ao extremo na praia Passeio dos Ingleses (confira). Quatro policiais armados obrigaram uma mulher muçulmana a se despir, em uma clara violação dos direitos humanos. O que virá a seguir? Proibição de se carregar a Bíblia? Proibição de pregar em público? Proibição de guardar o sábado? Com medo do terrorismo, as autoridades estão condenando qualquer “diferente”, como se sua fé automaticamente o tornasse uma ameaça fundamentalista. Se essa “moda” pegar...
Mais um exemplo? Conforme o site Guiame, o banner que faria a divulgação do lançamento do DVD do filme Deus Não Está Morto 2 foi rejeitado na região central de Cleveland, no estado norte-americano de Ohio. O impedimento veio pela empresa que faz a publicidade na região, que considerou a mensagem “muito provocativa”. O banner pretendia incluir uma foto da atriz Melissa Joan Hart, protagonista do filme, junto com a mensagem: “Eu prefiro ficar do lado de Deus e ser julgada pelo mundo, a ficar do lado do mundo e ser julgada por Deus”, dita pela personagem Grace Wesley no longa.
Representantes da Orange Barrel Media consideraram a frase “julgada por Deus” muito “política e provocativa”, de acordo com o site The Hollywood Reporter. A empresa ainda afirmou que o título do filme é problemático.
“As pessoas achavam que nós éramos loucos por trazer essas questões em um filme. Mas esse caso do anúncio é um exemplo perfeito de como [a perseguição religiosa] existe e está acontecendo em nossa sociedade hoje”, disse David White, fundador da produtora Pure Flix.
Curiosamente, filmes sobre ateísmo, bruxaria, reencarnação, etc., etc., são produzidos às centenas e veiculados abertamente. Ninguém reclama de suas tramas “provocativas” e apologéticas.
Se a frase “julgada por Deus” é considerada inadequada, o que vai acontecer quando a igreja der cada vez mais ênfase à pregação das três mensagens angélicas de Apocalipse 14? Quer algo mais provocativo do que isso? A mensagem de Noé ao mundo que estava por um fio não era provocativa? A mensagem de Jesus não era e não é provocativa? Sim, a Bíblia apresenta uma mensagem provocativa. Deus quer nos provocar para que saiamos da apatia, da ignorância, e para que as pessoas parem de tapar o sol com a peneira, como se este mundo fosse durar para sempre. Ignorar os apelos divinos não fará Deus mudar de ideia quanto a este planeta que afunda no pecado. Os que caçoaram de Noé e rejeitaram as oportunidades dadas pelo Criador tiveram que colher as tristes consequências dessa escolha. E isso vai se repetir em breve.
Você percebe o tipo de polarização que estamos assistindo ser imposta no mundo? De um lado, estão aqueles que defendem valores que se opõem à cosmovisão judaico-cristã e veem isso como um tipo de libertação, de atitude “mente aberta”, de exercício da democracia, e militam contro o outro lado. Que lado? O daqueles que, muito embora defendam a liberdade religiosa e procurem respeitar o estilo de vida escolhido por qualquer um, não deixam de expressar sua maneira de encarar a vida e falar de sua fé. Só que, nestes dias, falar sobre heterossexualidade, criacionismo e crença no Deus da Bíblia, por exemplo, está se transformando em uma atitude “politicamente incorreta”. E fundamentalistas politicamente incorretos não merecem respeito. Arranquem suas roupas e destruam seus cartazes!
A coisa tende a piorar...
Michelson Borges