Vítimas de explosão em Bruxelas |
Em visita a Cuba, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comentou o atentado assumido pelo Estado Islâmico em Bruxelas, na Bélgica, que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos: “Este é mais um lembrete de que o mundo deve se unir. Temos que estar juntos, independentemente da nacionalidade, da raça ou da fé, na luta contra o flagelo do terrorismo.” Recentemente, num discurso na ONU, Obama disse que os Estados Unidos não vão tolerar “cultos apocalípticos” (confira), e que farão de tudo para combater o fundamentalismo. O papa, em sua passagem pela terra do Tio Sam, em setembro do ano passado, disse que é preciso vigiar os “fundamentalismos”; sim, ele disse isso no plural... Por quê? Porque no senso que já se tornou comum e na visão do papa, de Obama e da mídia, fundamentalista é todo indivíduo ou grupo de pessoas que interpretam como literais os textos que encaram como sagrados e não abrem mão de suas crenças.
Na verdade, há pelo menos três cenários que ajudarão a promover a união de todos em favor do “bem comum”: a proteção da família, a proteção do meio ambiente e o combate ao terrorismo. O medo é um grande fator de união. Sempre foi. E cada atentado terrorista é um lembrete para o mundo de que o extremismo, o fanatismo e o fundamentalismo religioso são um perigo para a humanidade. E, nesse caso, extrapolações e comparações indevidas acabam sendo feitas, tornando o mundo cada vez mais perigoso até mesmo para pessoas que jamais fariam mal a uma mosca, mas que serão consideradas “farinha do mesmo saco fundamentalista”.
O mundo é uma bomba prestes a explodir. É um barco que vaza água por todos os lados. Um dia a gente dorme com a falsa impressão de que tudo está em paz, só para ser surpreendido com a notícia de que um maluco se explodiu ceifando a vida de um monte de gente inocente. As pessoas não aguentam mais tanta violência (embora esse tipo de barbaridade ocorra quase todos os dias em países não tão “midiáticos”...) e cada vez mais clamam por segurança e paz. E esse objetivo será perseguido... Mas a que preço?
Conforme destaca o Dr. Vanderlei Dorneles, em seu livro O Último Império, “algumas crenças e posturas mantidas pelos adventistas do sétimo dia têm levado importantes pesquisadores a considerá-los fundamentalistas. [...] Essas crenças ou pressuposições são exatamente aquelas relacionadas à visão profética adventista em que o sábado, como selo de Deus, exerce uma função vinculadora da crença na criação do mundo em seis dias e da breve vinda de Cristo” (p. 146, 147).
Donald Trump vem aí. Ele poderá ser o próximo presidente dos Estados Unidos. E, diferentemente de Obama, o magnata adora uma boa briga...
Quem tem ouvidos que ouça. [MB]